ONU apoia busca de recursos para República Centro-Africana

Conferência de doadores está prevista para o fim de 2016; chefe das Operações de Paz disse que novo governo deve analisar prioridades; responsável pediu compromisso dos funcionários da ONU para o fim da exploração e abuso sexual.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
As Nações Unidas prometeram ajudar a criar um plano a ser financiado pela comunidade internacional para desenvolver e estabilizar a República Centro-Africana.
As informações foram dadas esta sexta-feira à Rádio ONU, em Bangui, pelo subsecretário-geral para as Operações de Paz. Hervé Ladsous disse que uma conferência de doadores está prevista para o fim do ano.
Estabilidade
O representante esteve na cerimónia de investidura do novo presidente centro-africano Faustin-Archange Touadéra, na quarta-feira. Num encontro entre ambos, o novo líder pediu o "maior apoio possível para estabilizar o país".
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Segundo Ladsous será necessário que o próprio governo identifique a sua visão para o futuro, apesar de o presidente ter falado de várias prioridades durante a cerimónia de posse.
O responsável disse que algumas das prioridades são evidentes mas devem ser analisadas ao detalhe para que depois sejam colocadas diante dos potenciais doadores para que tomem uma decisão.
O chefe de Operações de Paz disse que 1,7 mil ex-membros de grupos armados beneficiam de programas de desarmamento, desmobilização e integração com o apoio da ONU. Ele disse haver promessas de recursos para apoiar o processo.
Exploração e Abuso Sexual
Herve Ladsous também reuniu-se com o pessoal da Missão das Nações Unidas em território centro-africano.
Em contacto com os comandantes das forças militares e policiais, o representante lembrou sobre a necessidade compromisso pessoal para o combate à exploração e abuso sexual.
Sanções
Ladsous destacou igualmente a responsabilidade dos países que contribuem com forças ao destacar que estas devem ser enviadas após terem sido sensibilizadas, formadas e plenamente conscientes de sanções que podem enfrentar com depois da confirmação de alegações.
O chefe das Operações de Paz condenou a exploração e abuso sexual e reiterou propostas com vista a estabelecer tribunais marciais em locais onde os supostos crimes podem ter ocorrido.
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