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Conferência será “chance de reafirmar compromisso com humanidade” BR

Crianças sírias em acampamento para deslocados internos. Foto: Unicef/Diffidenti

Conferência será “chance de reafirmar compromisso com humanidade”

Secretário-geral da ONU divulga lista de cinco objetivos da primeira Conferência Humanitária Mundial, que ocorre em maio na Turquia; crises afetam 37 países e 125 milhões de pessoas precisam de assistência.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

O secretário-geral das Nações Unidas divulgou uma lista das cinco responsabilidades centrais associadas à primeira Conferência Humanitária Mundial.

O evento está marcado para os dias 23 e 24 de maio, em Istambul, na Turquia e é visto como um “pedido de ação” de Ban Ki-moon aos governos e doadores, em prol de 125 milhões de pessoas no mundo que precisam de assistência.

Valores

Esses civis são vítimas de crises e conflitos em andamento em 37 países. O custo de ajuda gira em torno dos US$ 20 bilhões. Por isso, o secretário-geral promove a Conferência Humanitária Mundial.

Ban afirma que o evento servirá para que seja “reafirmado o compromisso com a humanidade e traçar um caminho para a mudança”. O chefe da ONU pede aos líderes globais que se comprometam com cinco responsabilidades.

Assassinatos

A primeira é prevenir conflitos e encontrar soluções políticas para resolve-los, sendo nas palavras de Ban “a principal responsabilidade com a humanidade”.

Ele lembra que todos os dias, civis são assassinados em guerras e o mundo está testemunhando “a erosão de 150 anos de lei humanitária internacional”. Assim, o segundo compromisso dos líderes deve ser cumprir com as leis que protegem a humanidade.

Mudanças

A terceira responsabilidade é “não deixar ninguém para trás”, ou seja, garantir que todas as mulheres, homens e crianças sejam agentes de uma mudança positiva. Isso significa reduzir os deslocamentos, apoiar os refugiados e migrantes e lutar para erradicar a violência sexual ou baseada no gênero.

Mudar a vida das pessoas é a quarta tarefa, segundo a agenda de Ban Ki-moon. Os governantes devem trabalhar para reduzir riscos e vulnerabilidades, antecipando crises e não esperando que elas aconteçam.

A quinta responsabilidade é investir na humanidade, aceitando que isso depende de investimentos financeiros, políticos e institucionais. Segundo Ban Ki-moon, não há melhor hora do que agora para tratar dessas questões.

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