As duas partes adotaram um plano para prevenir a presença de menores nas forças de segurança sudanesas; país africano pode deixar de fazer parte da lista da ONU sobre uso de crianças nos conflitos se o projeto for cumprido.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
As Nações Unidas e o Governo do Sudão assinaram um plano de ação para prevenir o recrutamento e o uso de crianças pelas forças de segurança.
A organização frisa que a medida é um marco importante para proteger os menores, em nota emitida no domingo em Cartum. A ONU felicita as autoridades pelo compromisso de defesa das crianças das violações em conflitos armados.
Passo
O Grupo das Nações Unidas sobre a Monitorização e Comunicação declarou que as partes estão prontas para "apoiar a cada passo da implementação do plano de ação".
As ações envolvem a Missão Conjunta da ONU e da União Africana em Darfur, Unamid, o sistema da ONU no país e o Fundo da ONU para a Infância, Unicef.
O ministro de Estado da Previdência Social do Sudão prometeu trabalho "para promover e proteger os direitos infantis em áreas de conflito armado e de deslocamento". Ibrahim Adam Ibrahim disse que também serão reforçados os mecanismos da Lei da Criança de 2010 e da Lei das Forças Armadas do Sudão.
Determinação
A cerimónia que decorreu na capital sudanesa juntou vários ministros sudaneses como forma de "destacar a determinação do Governo de virar a página sobre o recrutamento e uso de crianças."
O Plano de Ação inclui medidas de reforço da proteção global dos menores afetados por conflitos como "o fim e a prevenção do recrutamento de crianças e a libertação das que integram as forças de segurança".
Impedir o Recrutamento
O Sudão passa a integrar os sete os países da lista do secretário-geral da campanha global "Crianças, não soldados". A iniciativa pretende acabar e impedir o recrutamento e o uso de menores pelas forças de segurança em conflitos.
A representante especial do secretário-geral para Crianças e Conflitos Armados disse que "20 anos após a criação do mandato, os governos de todo o mundo concordam que os menores não devem ser associados a forças de segurança".
Leila Zerrougui afirmou que a medida do Sudão promete dar um futuro com maior proteção infantil. Com o plano cumprido e verificado, o país pode ser retirado do quadro anual do chefe da ONU sobre crianças e conflitos armados.
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