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ONU pede “paz verdadeira” na Síria BR

Unicef/Nasar Ali
Prédios destruídos em Homs, Síria.

ONU pede “paz verdadeira” na Síria

Apelo foi feito por 11 chefes de agências das Nações Unidas, de representantes do secretário-geral e parceiros para marcar os cinco anos da guerra no país.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

Mais de 10 chefes de agências da ONU*, representantes do secretário-geral e parceiros fizeram um apelo conjunto nesta sexta-feira para “uma paz verdadeira na Síria”.

O pedido foi feito para marcar os cinco anos de guerra no país, este 15 de março.

Solução Política

As autoridades querem que as partes envolvidas no conflito cheguem a uma solução política para acabar com os confrontos e prometeram manter a pressão pelo acesso aos civis por toda a Síria.

Os representantes da ONU afirmaram no comunicado que “ninguém quer ver um sexto ano do conflito e que, atualmente, a Síria, que está praticamente irreconhecível em algumas áreas, levará gerações para restaurar depois desse conflito brutal e sem sentido”.

O documento diz ainda que “os jovens sírios precisam de esperança e acreditar que o futuro está em sua própria terra”.  Além disso, precisam saber que eles vão ter educação, saúde, moradia e empregos e devem saber também que a vida tem mais a oferecer do que medo, violência e fome”.

250 Mil

O comunicado afirma que desde 2011, mais de 250 mil sírios foram mortos no conflito e mais da metade da população foi obrigada a fugir, incluindo 4,8 milhões que estão refugiados.

Para os que estão deslocados dentro do país, os representantes da ONU afirmam que 4,6 milhões estão mal sobrevivendo em regiões sitiadas.

O grupo cita os ataques contra civis e áreas de população civil, como por exemplo escolas, hospitais e mercados. Para os representantes das Nações Unidas, “isso é inaceitável”.

Eles declararam que essas ações têm de acabar e que vão continuar pressionando todas as partes sobre suas obrigações além de responsabilizá-los pelos seus atos.

Mas, o comunicado menciona “sinais frágeis de esperança” com menos bombas, mais acesso humanitário e preparações para conversações de paz.

*Assinaram o comunicado:

O subsecretário para Assuntos Humanitários, Stephen O’Brien; a diretora-executiva do Programa Mundial de Alimentos, PMA, Ertharin Cousin; o diretor-executivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, Anthony Lake; o alto comissário para Refugiados, Filippo Grandi; a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde, Margaret Chan; o director-geral da Organização Internacional para Migrações, William Lacy Swing; o chefe da agência das Nações Unidas de Assistência a Refugiados Palestinos, Unrwa, Pierre Krähenbühl; a chefe do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud, Helen Clark; a representante especial do secretário-geral sobre Crianças e Conflito Armado, Leila Zerrougui; e a representante especial sobre Violência Sexual em Conflito, Zainab Hawa Bangura.