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Impacto humano do desastre nuclear no Japão não pode ser esquecido BR

Escombros da usina nuclear de Fukushima-Daichi após o terremoto e tsunami no Japão. Foto: Aiea/Gill Tudor

Impacto humano do desastre nuclear no Japão não pode ser esquecido

Afirmação foi feita pelo diretor-geral da AIEA para marcar os cinco anos do terremoto e tsunami no país; secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que o mundo tem muito o que aprender com o Japão.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, Yukiya Amano, afirmou que “o imenso impacto humano do desastre nuclear na usina de Fukushima-Daichi não deve ser esquecido”.

A declaração foi feita para marcar os cinco anos do terremoto e do tsunami que atingiram o Japão em março de 2011.

Segurança Nuclear

Amano disse que no caso da usina nuclear, “dezenas de milhares de pessoas que foram retiradas de suas casas ainda não tiveram condições de retornar”.

O chefe da Aiea disse que “o legado de Fukushima-Daichi vai servir como experiência para segurança nuclear em todo o mundo”. Ele explicou que “há um reconhecimento geral de que tudo deve ser feito para impedir que um acidente como este ocorra novamente”.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que “o mundo tem muito o que aprender com o Japão se quiser alcançar progressos no salvamento de pessoas e comunidades, e reduzir as perdas causadas por desastres”.

Ban afirmou que “o desastre de Fukushima-Daichi foi sem precedentes e ensinou a todos sobre a natureza da exposição a riscos e desastres”.

Nova Era

O chefe das Nações Unidas disse que “depois de Fukushima, ficou clarou que o mundo entrou numa nova era, onde a tecnologia e os desastres naturais podem se unir para criar um perigo numa escala nunca imaginada”.

Em 11 de março de 2011, mais de 200 mil pessoas morreram na região oriental do Japão, quando um terremoto seguido de um tsunami atingiram o litoral do país.

O tsunami destruiu o sistema de refrigeração da usina nuclear, o que causou a explosão de três dos seis reatores.

Ban afirmou que a tragédia ajudou a ONU e a comunidade internacional a preparar a Plataforma de Sendai para a Redução do Risco de Desastres, adotada na 3ª Conferência Mundial sobre Redução do Risco de Desastres, realizada em março do ano passado.

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