Perspectiva Global Reportagens Humanas

Ban elogia esforço da Alemanha para resolver crise de refugiados BR

Refugiados na ilha grega de Lesbos. Foto: OIM/Amanda Nero

Ban elogia esforço da Alemanha para resolver crise de refugiados

Secretário-geral afirmou que a Chanceler federal alemã demonstrou competência de estadista para lidar com o problema; Ele disse que Angela Merkel se posicionou em defesa da Lei internacional.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse esta terça-feira que a Chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, demonstrou competência e habilidade de uma estadista e compaixão para enfrentar a crise de refugiados na Europa.

Depois de reunião em Berlim, Ban e Merkel concederam uma entrevista coletiva aos jornalistas.

Muros

Ban afirmou que enquanto muitos querem construir muros e virar as costas para as pessoas necessitadas, Merkel se posicionou firmemente em defesa da lei internacional, dos direitos humanos e da humanidade comum.

O chefe da ONU explicou que no “momento em que muitos preferem usar o caminho mais fácil, a chanceler alemã mostrou que para um líder verdadeiro, as dificuldades não são um obstáculo para fazer o que é certo”.

Para Ban, Angela Merkel representa “a verdadeira voz moral”, não apenas da Europa mas no mundo.

O secretário-geral afirmou que está preocupado com vários países europeus que estão adotando cada vez mais medidas restritivas para pedidos de asilo.

Diálogo

Segundo Ban, partidos políticos nacionalistas e de extrema direita estão acirrando ainda mais a situação quando deveriam buscar soluções. Ele chamou a atenção para o crescente discurso e ataques contra refugiados e migrantes.

O chefe da ONU declarou que essas ações dividem comunidades, desestabilizam e traem os valores e padrões da União Europeia. Ban disse que “há uma necessidade de diálogo com e entre as comunidades atingidas para evitar mais polarização”.

Ban afirmou que as políticas globais para lidar com a crise de refugiados e migrantes são inadequadas. Por isso, o secretário-geral afirmou que a ONU vai realizar uma Conferência sobre o assunto em setembro. O objetivo é unir os países por trás de uma ação coordenada e mais humana.