François Hollande e Jacob Zuma lideram nova comissão da ONU

Mais 25 integrantes do grupo devem sugerir soluções para cobrir lacunas no emprego na área da saúde e crescimento da economia; organização quer cobrir deficit de 18 milhões de profissionais de saúde nos próximos 15 anos.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O presidente da França, François Hollande, e o seu homólogo da África do Sul, Jacob Zuma, vão presidir a Comissão sobre Emprego na Área da Saúde e Crescimento Económico. A criação do grupo das Nações Unidas foi anunciada esta quarta-feira.

Mais 25 membros devem ser nomeados em breve para "permitir um equilíbrio de experiência política, técnica e geográfica" em setores governamentais como Educação, Emprego, Saúde e Negócios Estrangeiros.

Associações

Para representar organizações internacionais serão apontados comissários de instituições como universidades, serviços de saúde, associações profissionais, sociedade civil e sindicatos.

Em nota, as Nações Unidas citam projeções da criação de cerca de 40 milhões de novos postos de trabalho na economia global na saúde até 2030, com destaque para os países de média e alta rendas.

Mas apesar desse crescimento, a previsão é que faltem 18 milhões de trabalhadores de saúde em países de baixa e média rendas.

Crescimento

A tarefa da comissão será "propor ações para corrigir tais desigualdades", além de "estimular e orientar a criação de postos de trabalho nos setores da saúde e social para um crescimento económico inclusivo".

Para o secretário-geral da ONU "ter profissionais de saúde suficientes que respondam às necessidades da população e que sejam bem distribuídos no mundo será essencial para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

A outra necessidade mencionada por Ban Ki-moon é a de enfrentar os crescentes desafios à segurança global de saúde pública.

Empregos Decentes

A expectativa de Ban é que a comissão dê um contributo importante para a realização da cobertura universal da saúde, a criação de empregos decentes e inclusivos e o crescimento económico transformador.

A formação da nova comissão foi recomendada por uma resolução da Assembleia Geral, que pediu ao secretário-geral que "explore os passos para atender o deficit mundial de trabalhadores de saúde treinados".

De acordo com o documento, "o investimento em novas oportunidades de emprego dos profissionais de saúde também pode agregar valor socioeconómico mais amplo para a economia e contribuir para executar a Agenda 2030 para Desenvolvimento Sustentável".

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