Renovação fez parte de projecto do Pnud; mais de 10 mil pessoas frequentam por dia o mercado de Zamai; galinhas, bois e carneiros podem ser comprados diariamente, assim como milho e batata doce.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud, está a ressaltar os progressos alcançados com a reabertura do mercado Zamai, na cidade de Mokolo, nos Camarões.
O mercado próximo à fronteira com a Nigéria tem sido essencial para o comércio de gado, de verduras e de artesanato. A reforma foi possível graças a um projeto do Pnud com o governo dos Camarões e o apoio do Japão.
Fuga
Foram investidos US$ 32 mil para a construção de novos setores para armazenamento e comércio de carne; recinto para os animais e renovação das fontes de água do local.
O Pnud diz que agora, 10 mil pessoas passam por dia no mercado, o que melhorou muito o comércio entre camaroneses e nigerianos, a incluir refugiados que vivem no acampamento de Minawao. O local abriga mais de 55 mil civis que fugiram dos ataques do Boko Haram.
Tradição
A região tem forte tradição agrícola, por isso o mercado de Zamai atrai comerciantes de cidades como Douala, no sul dos Camarões. São vendidos bois, galinhas, carneiros, sorgo, batata-doce e milho por quase 3 mil pessoas a trabalhar no local.
O veterinário chefe do mercado, Saibou Ousman, explicou que antes do projeto do Pnud, Zamai era apenas uma “grande área onde compradores e comerciantes se encontravam”.
Com quase 40 anos de existência, a infraestrutura já estava bastante prejudicada e as condições eram precárias, sem água ou saneamento adequados. Mas agora, o local está organizado e ainda há medidas de controlo de qualidade do gado, como números diários sobre o total de vendas.