OMS lança plano de resposta para combater zika BR

Agência da ONU afirma que serão necessários US$ 56 milhões para implementar estratégia global; objetivos são ajudar países a aumentar a vigilância e melhorar o controle sobre o mosquito Aedes egypt.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, lançou uma estratégia de resposta e um plano de operações conjunto para combater o vírus zika.
O objetivo é orientar a resposta internacional contra a propagação do vírus e dos problemas neonatais e condições neurológicas, como a microcefalia e a síndrome Guillain-Barré, que causa paralisia.
US$ 56 milhões
A agência da ONU afirmou que vai precisar de US$ 56 milhões, o equivalente a mais de R$ 200 milhões, para implementar a estratégia. Desse total, US$ 25 milhões vão ser destinados aos escritórios da OMS e da Organização Pan-Americana de Saúde, Opas, nas regiões afetadas.
O restante vai financiar as operações de organizações parceiras. Até a liberação da verba, a OMS vai usar os recursos de um fundo de emergência criado recentemente para iniciar os trabalhos.
A agência disse que o foco da iniciativa é mobilizar e coordenar os parceiros na ajuda aos países para que eles possam aumentar a vigilância e melhorar o controle sobre o mosquito Aedes egypt.
Vacinas
A OMS quer também que os governos forneçam atendimento médico aos infectados com o vírus e acelerem as pesquisas e o desenvolvimento de vacinas, diagnósticos e medidas terapêuticas para combater a doença.
Numa reunião realizada no Conselho Econômico e Social na ONU, Ecosoc, a chefe do escritório da OMS em Nova York, Natela Menabde, afirmou que atualmente 34 países registraram casos de zika.
A maioria está nas Américas e no Caribe, sendo que sete nações registraram um aumento na incidência de microcefalia. Somente o Brasil detectou mais de 4,7 mil casos. Nos últimos anos, o país vinha registrando 163 ocorrências por ano.
O Ecosoc já se reuniu anteriormente para discutir emergências de saúde pública globais, como aconteceu em 2003, com a epidemia da síndrome respiratória severa aguda, depois com a gripe aviária, em 2005 e por último, devido ao surto de ebola, na África, em 2014.
Segundo o Conselho, as emergências de saúde causadas por epidemias têm sempre implicações sociais e econômicas.
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