Chefe humanitário pede consulta sobre funcionários estrangeiros no Sudão do Sul
Projeto de lei prevê que cidadãos dos outros países não ultrapassem um quinto dos funcionários do setor; sugestão do responsável da ONU é que seja feita uma recolha de opiniões após ser formado o governo de transição de unidade.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O coordenador Humanitário da ONU no Sudão do Sul pediu uma consulta pública ao projeto de lei que limita o número de trabalhadores humanitários estrangeiros elegíveis para trabalhar no país.
A proposta é que essa recolha de opiniões seja feita depois da formação do Governo de Transição de Unidade Nacional.
Aprovação
Em nota, Eugene Owusu expressou preocupação com a aprovação da proposta de Organizações Não-Governamentais pelos legisladores sul-sudaneses no dia 3 de fevereiro. O documento entra em vigor logo após a aprovação pelo presidente.
De acordo com agências de notícias, o projeto limita a menos de um quinto os trabalhadores humanitários estrangeiros que serão autorizados a trabalhar no país. Pelo menos 80% do pessoal das ONGs deverá ser composto por sul-sudaneses.
Necessidades
O responsável defende que tal medida terá consequências vastas e negativas para a operação humanitária, numa altura em que as necessidades são maiores do que nunca.
Estima-se que desde dezembro de 2013, o conflito civil tenha causado a morte de milhares de pessoas e o deslocamento de outros mais de 2,4 milhões. Cerca de 4,6 milhões de sul-sudaneses enfrentam insegurança alimentar.
Acordo de Paz
Ao governo de Juba, Owusu pediu que defenda "a letra e o espírito do acordo de paz" na questão crítica do apoio humanitário.
Recentemente, as agências de auxílio que operam no Sudão do Sul lançaram um apelo de US$ 1,3 mil milhão para oferecer assistência essencial a 5,1 milhões de pessoas em 2016.
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