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Foto: FAO

FAO alerta que “ebola e coronavírus” vieram para ficar

Agência da ONU pressiona países por mapa global para controle de zoonoses; espalhem; programa de mapeamento seria essencial para combate à transmissão e para ampliar conhecimentos sobre infecção em animais domésticos.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

Doenças infecciosas de origem animal como o ebola e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio, Mers-Coronavírus, “vieram para ficar”, segundo a Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO.

O veterinário-chefe da agência declarou que “mais surtos vão surgir ou novas doenças podem aparecer no futuro”. Juan Lubroth questiona se o mundo está preparado para detectar infecções e prevenir que se espalhem.

Mapeamento

A FAO sugere aos legisladores do mundo a criação de um programa de pesquisa integrado, para mapear o que se sabe sobre a transmissão dessas duas epidemias.

Esse mapeamento também é importante para promover a colaboração entre países e uma vigilância mais forte. O veterinário da agência da ONU explica que ainda existem muitas lacunas de informação sobre a transmissão do coronavírus e do ebola, tanto em humanos como em animais.

Segurança Alimentar

Segundo Lubroth, é preciso saber mais sobre os riscos dessas doenças para a segurança alimentar, especialmente para as populações que dependem da caça e da pecuária para conseguir o seu sustento.

No caso do ebola, por exemplo, ainda não se sabe se animais domésticos podem ser infectados. A FAO está envolvida em estudos que buscam entender a dinâmica da doença entre humanos e animais.

Já o coronavírus causa pneumonia severa em humanos e 500 pessoas morreram desde 2012, quando a doença foi detectada pela primeira vez na Arábia Saudita. Estudos indicam que camelos ou produtos derivados do animal podem ter contribuído para a infecção em humanos.

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