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Iémen: Ban deplora ataque que matou pelo menos quatro pessoas em hospital

Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Foto: ONU/Rick Bajornas

Iémen: Ban deplora ataque que matou pelo menos quatro pessoas em hospital

Secretário-geral quer investigação do incidente para assegurar prestação de contas; instalações tinham apoio da Médicos Sem Fronteiras; agência disse não estar claro se o edifício sofreu bombardeamento aéreo ou foi atingido por um roquete.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O secretário-geral das Nações Unidas condenou o ataque lançado "por fonte ainda desconhecida" a um hospital apoiado pela ONG Médicos Sem Fronteiras na província iemenita de Saada, no norte.

Em nota, Ban Ki-moon expressa solidariedade às famílias das vítimas e ao povo iemenita na sequência do incidente que no domingo matou pelo menos quatro pessoas e deixou feridos.

Confrontos

De acordo com um comunicado da Médicos Sem Fronteiras, 10 pessoas teriam contraído ferimentos durante a ação.

A ONG disse não haver clareza se o edifício teria sido alvo de um bombardeamento aéreo da coligação liderada pela Arábia Saudita ou atingido por um roquete. O país é marcado por confrontos entre milícias Houthis, o governo e os seus aliados.

Acesso Limitado

O chefe da ONU disse que o incidente vem depois de uma série de ataques que afetou instalações de saúde. Em 2015, foi atingido o Hospital Médico de Haydan, também em Saada, e um posto de saúde móvel em Taiz.

Ban Ki-moon disse estar extremamente preocupado com o acesso cada vez mais limitado aos serviços essenciais de saúde para os iemenitas.

O responsável enfatiza que hospitais e pessoal médico estão explicitamente protegidos sob o direito internacional humanitário, que prevê que "todos os ataques intencionais contra civis e infraestruturas civis são uma grave violação".

Mecanismos

Ban disse que, tal como em outras ações deste género, este incidente deve ser investigado através de mecanismos rápidos, eficazes, independentes e imparciais para assegurar a prestação de contas.

O secretário-geral termina a nota reiterando o seu apelo a todas as partes do conflito iemenita para o fim imediato de todas as hostilidades e para que resolvam as diferenças em negociações pacíficas mediadas pelo seu enviado especial.

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