Ban quer que Iémen reconsidere expulsão do chefe de direitos humanos no país
Secretário-geral reitera plena confiança no representante da área em Sanaa; agências de notícias locais informaram que ele foi declarado persona non grata pelo Ministério das Relações Exteriores na quinta-feira.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, apelou ao Governo do Iémen que reconsidere a sua posição de expulsão do representante do Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos em Sanaa.
Em nota, Ban condena a decisão iemenita e reitera a sua plena confiança no funcionário da ONU, que segundo agências de notícias locais foi declarado persona non grata na quinta-feira pelo Ministério das Relações Exteriores.
Avaliações
De acordo com os relatos das agências, o representante teria sido "acusado de falta de imparcialidade em suas avaliações sobre a situação dos direitos humanos no país".
Ban disse estar extremamente também preocupado com a segurança do pessoal nacional e internacional restante, e recorda que o povo do Iémen tem sofrido graves violações.
O chefe da ONU disse que o Escritório de Direitos Humanos da ONU ajuda a documentar de forma ativa e eficaz esses abusos, além de promover e proteger esses princípios enquanto reforça a justiça e a responsabilização.
Estabilidade
O secretário-geral realça que o respeito pelos direitos humanos é essencial para a paz e a estabilidade a longo prazo e que ao impedir o trabalho da ONU sobre a área o governo não assume as suas obrigações.
Para Ban, essa ação só pode ser prejudicial para o retorno do país à paz e à estabilidade.
Ban mencionou a Iniciativa Direitos Humanos Antes de Tudo, ao destacar que os funcionários da organização nunca devem ser ameaçados ou sancionados por fazer o seu trabalho baseado na Carta das Nações Unidas.
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