Líbia: enviado da ONU condena ataque com camião-bomba que matou dezenas
Representante do secretário-geral renova pedido de união contra o terrorismo; agências de notícias anunciaram que pelo menos 47 pessoas perderam a vida após a invasão desta quinta-feira ao centro de formação de segurança no leste.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O representante especial do secretário-geral para a Líbia, Martin Kobler, condenou com veemência o ataque terrorista desta quinta-feira contra uma academia policial em Zliten, no leste do país.
Agências de notícias informaram que pelo menos 47 pessoas morreram após a invasão de um camião armadilhado ao centro de formação de segurança de al-Jahfal. O local da explosão foi uma base militar durante o governo do deposto líder líbio Muammar Khadafi.
Formação
O enviado descreveu o ataque como "ato hediondo que demonstra uma vez mais que é preciso um progresso urgente na formação do Governo do Acordo Nacional e na reconstrução das forças de segurança líbias".
Na nota, o representante reitera que todos os cidadãos nacionais devem colocar as suas diferenças à parte e "unir-se para enfrentar o flagelo do terrorismo".
Kobler destaca que o país"não pode dar-se ao luxo de continuar dividido" perante tais atos terroristas.
Portos Atacados
A mensagem segue-se a uma nota de Kobler a condenar um ataque a dois terminais de petróleo pelo grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil, que é localmente conhecido pela denominação em árabe Daesh.
Na segunda-feira, um grupo de combatentes tentou invadir portos petrolíferos em Sidra e na cidade de Ras Lanuf, onde teria sido incendiado um tanque com mais de 420 mil barris de petróleo.
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