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Ban pede calma ao Irã e Arábia Saudita BR

Ban Ki-moon conversou com os ministros das Relações Exteriores saudita, Abel Al-Jubeir e iraniano, Mohammad Javad Zarif. Foto: ONU/Rick Bajornas

Ban pede calma ao Irã e Arábia Saudita

Secretário-geral da ONU falou, por telefone, com ministros das Relações Exteriores dos dois países; chefe das Nações Unidas quer que os dois lados evitem ações que possam “exacerbar” a situação entre eles e de todos a região.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu ao Irã e à Arábia Saudita que evitem ações que possam “exacerbar” ainda mais a situação entre os dois países e também de toda a região do Oriente Médio.

Ban conversou por telefone com os ministros das Relações Exteriores saudita, Abel Al-Jubeir e iraniano, Mohammad Javad Zarif.

Execuções

Segundo o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, o chefe da ONU mencionou a Zarif o comunicado divulgado no fim de semana onde pediu para que todos trabalhem juntos para evitar o agravamento das tensões sectárias.

No documento, Ban pediu à Arábia Saudita que comutasse todas as penas de morte, como parte do crescente movimento global para abolir esse tipo de punição.

Ele fez referência às execuções do clérigo xiita Sheikh al-Nimr e de outros 46 prisioneiros pelas autoridades sauditas no último sábado. Ao mesmo tempo, Ban condenou o ataque realizado contra a embaixada da Arábia Saudita, em Teerã, a capital.

O secretário-geral pediu a Zarif que adote as medidas necessárias para proteger as instalações diplomáticas localizadas no país.

Embaixada

Na conversa com o ministro saudita, Ban reiterou sua posição contrária à pena de morte e sua decepção com a execução do clérigo, dizendo que já tinha falado várias vezes sobre o assunto com as autoridades do país.

Ele disse a Al-Jubeir que o ataque à embaixada saudita em Teerã foi deplorável. Mas Ban Ki-mmon mostrou profunda preocupação com o rompimento das relações diplomáticas entre os dois lados.

Ainda falando com o ministro da Arábia Saudita, Ban fez um apelo para que o país renove o compromisso com um cessar-fogo no Iêmen.