OMS anuncia fim da transmissão do ebola na Guiné BR

Agência da ONU declarou que já se passaram 42 dias desde que a última pessoa que contraiu o vírus testou negativo para a doença; país vai entrar agora numa fase de 90 dias de alta vigilância.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, declarou esta terça-feira o fim da transmissão do vírus do ebola na Guiné.
A agência da ONU disse que já se passaram 42 dias desde que a última pessoa a contrair a doença realizou dois testes que deram resultado negativo.
Alta Vigilância
Segundo a OMS, o país entra agora num período de “alta vigilância” que vai durar 90 dias. O objetivo é garantir que qualquer novo caso que possa surgir seja identificado antes que o vírus possa se espalhar para outras pessoas.
De Genebra, o porta-voz da agência, Tarik Jasarevic, falou à Rádio ONU sobre o assunto.
“Foi um marco importante para Guiné e também para os outros países afetados pelo ebola nos últimos dois anos. Isso realmente mostra que é possível implementar medidas necessárias pelas autoridades dos governos, especialistas internacionais e pelas comunidades para derrotar essa doença”.
A diretora regional da OMS para África, Matshidiso Moeti afirmou que “esta é a primeira vez em que todos os três países mais atingidos pelo surto, Guiné, Libéria e Serra Leoa, conseguiram parar com os canais originais de transmissão responsáveis pelo início da epidemia há dois anos”.
Cuidados Médicos
A Organização Mundial da Saúde está trabalhando com os governos das três nações para garantir que os sobreviventes tenham acesso a cuidados médicos e psicológicos.
Essas pessoas também devem ser reexaminadas para evitar que a doença regresse.
A agência da ONU vai ajudar no processo de educação e informação para que elas possam ser reintegradas à sociedade e às comunidades, reduzir o preconceito e minimizar os riscos de transmissão do vírus.
O representante especial da ONU para Resposta ao Ebola, Bruce Aylward, afirmou que este é o período em que os países devem ter certeza de que estão totalmente preparados para evitar, deter e responder a novos casos da doença.
Segundo a OMS, desde o início da epidemia, quase 30 mil pessoas foram infectadas e mais de 11 mil morreram.
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