Banco Mundial aprova empréstimos para projetos de inclusão social no Piauí
Programas vão beneficiar pessoas pobres das áreas rurais do estado por meio da ampliação e da melhoria dos serviços nos setores de educação, saúde, agricultura e recursos hídricos.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
O Banco Mundial aprovou dois empréstimos para apoiar políticas públicas que promovem a expansão da agricultura sustentável, da educação e de outros setores importantes para a inclusão social no Piauí, um dos estados mais pobres do Brasil.
Os projetos “Pilares do Crescimento e da Inclusão Social no Piauí”, no valor de US$120 milhões, e “Inclusão Social e Produtiva no Piauí”, de US$200 milhões, vão beneficiar pessoas pobres das áreas rurais do estado por meio da ampliação e da melhoria dos serviços nos setores de educação, saúde, agricultura e recursos hídricos.
Padrão de Vida
O objetivo dos programas é gerar maior renda e melhorar o padrão de vida de grupos pobres e vulneráveis, especialmente os produtores rurais mais desprovidos, incorporando ainda questões de gênero e a participação dos cidadãos.
Segundo o diretor do Banco Mundial no Brasil, Martin Raiser, “por meio desses projetos, comunidades tradicionalmente excluídas terão oportunidades para melhorar o seu padrão de vida”.
Indicadores Sociais
De acordo com o órgão, o Piauí possui recursos naturais significativos e seis milhões de hectares de terras de alto valor apropriadas à agricultura, no entanto, os indicadores sociais e econômicos são muito baixos.
O estado apresenta a terceira maior taxa de analfabetismo do país e a maior desigualdade de renda.
Cerca de 40% da população rural vive com uma renda mensal inferior ao salário mínimo. Programas sociais de transferência condicional de renda, como o Bolsa Família, beneficiam diretamente 49% da população do estado.
As más condições de saúde também contribuem para o ciclo vicioso da pobreza entre os grupos mais vulneráveis do Piauí. A taxa de mortalidade infantil é de 20,4 em mil nascidos vivos no estado, enquanto a média nacional é de 14,4 por mil.
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