FAO anuncia ressurgimento da produção global de madeira
Agência da ONU afirmou que crescimento da produção é o maior desde a crise financeira mundial em 2008; principais avanços ocorreram nas regiões da América Latina e do Caribe e Ásia-Pacífico, Brasil é citado na produção de fibra de madeira.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, afirmou que a produção global de madeira registrou o maior crescimento desde a crise financeira mundial em 2008-2009.
Segundo relatório da agência da ONU, em 2014, o avanço na produção de produtos como toras de madeira, madeira serrada, paineis de madeira, celulose e papel variou entre 1% e 5%, superando os índices pré-recessão, em 2007.
Indústria
Os maiores progressos foram registrados nas regiões da América Latina e do Caribe e da Ásia-Pacífico.
A chefe de Estatísticas e Economia Florestal da FAO, Thaís Linhares-Juvenal, disse que “a indústria medeireira está entre as mais afetadas pela recente crise econômica”.
Ela explicou que todos estão acompanhando agora o crescimento mais alto do setor nos últimos cinco anos. Para Linhares-Juvenal, o avanço é importante para as economias nacionais e para o bem-estar e a vida de milhões de pessoas que dependem das florestas para viver.
O relatório da FAO mostra que a América do Sul está surgindo como um novo grande produtor no mercado global de celulose.
Brasil
O documento cita a construção de novas fábricas no Brasil, Chile e Uruguai. No ano passado, a região foi responsável por 30% das exportações mundiais de celulose.
Ainda em 2014, o Brasil superou o Canadá e agora ocupa a quarta posição na produção de fibra de madeira e de outros materiais usados para fabricar papel. O país está atrás dos Estados Unidos, da China e do Japão.
A produção de papel está estagnada na Europa e caiu na América do Norte, mas mostrou um crescimento modesto na África, Ásia e América Latina.
A produção de pedaços ou blocos de madeira, usados como combustível, bateu recorde em 2014 com um crescimento de 16% em comparação ao ano anterior, chegando a 26 milhões de toneladas.
O motivo foi o aumento do consumo na Europa. O continente europeu e a América do Norte juntos são responsáveis por 93% da produção global do produto.
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