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Angola reafirma reforço do sistema financeiro para combate ao terrorismo

Armando Manuel lembrou a interligação entre os mercados financeiros. Foto: ONU/Manuel Elías

Angola reafirma reforço do sistema financeiro para combate ao terrorismo

Na ONU, ministro das Finanças angolano disse haver necessidade perante a prática que afeta o ambiente de paz; ações das milícias Boko Haram em África estão entre as preocupações manifestadas pelo responsável.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque. 

O ministro das Finanças de Angola, Armando Manuel, disse à Rádio ONU que o encontro com homólogos de países-membros do Conselho de Segurança foi uma "oportunidade vital" para combater o terrorismo na economia global.

Na quinta-feira, os responsáveis do setor juntaram-se na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, para debater o aumento da cooperação contra o terrorismo.

Uma resolução foi aprovada pelo órgão a destacar ações do autoproclamado Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil.  O documento reprova a compra de petróleo, o comércio de antiguidades e pagamentos de resgates pelos países.

Ações de Pilhagem

"O que nós assistimos é que a sobrevivência do Isil  é função de ações de pilhagem, do tráfico e da comercialização ilícita de petróleo e do gás. Isso de certo modo tem consequências no preço atual de algumas commodities, algumas matérias-primas de exportação entre as quais o petróleo, num cenário em que o mercado é inflacionado e naturalmente os preços acabam se posicionando em patamares baixos."

Listas de Sanções

O ministro de Angola revelou que o seu país começou a implementar mecanismos para que os cidadãos conheçam restrições como apreensão de bens, de dinheiro e de pessoas de acordo com as listas de sanções das Nações Unidas.

Armando Manuel frisou que ministros das Finanças devem adotar medidas novas e efetivas em prol dos objetivos comuns contra o terrorismo e o branqueamento de capitais. O governante lembrou a interligação entre os mercados financeiros.

Despesa Pública

"Acima de tudo, precisamos de reforço das nossas instituições e das nossas políticas fiscais na perspetiva da qualidade da despesa pública. Em alguns casos, estes grupos são financiados por programas internos em algumas dessas economias no quadro da fragilidade da despesa pública e de oportunidades de realização de outros negócios."

As milícias Boko Haram da Nigéria são uma das preocupações manifestadas por Angola no Conselho de Segurança. O país referiu-se à proliferação de grupos terroristas que assassinam um número cada vez maior de vitimas.

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