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Aiea finaliza investigação sobre programa nuclear do Irã BR

O diretor-geral da Aiea (centro), Yukiya Amano, na sala de reuniões em Vienna, Áustria. Foto: Aiea/Dean Calma

Aiea finaliza investigação sobre programa nuclear do Irã

Diretor-geral disse que agência da ONU avaliou o aspecto militar do processo e concluiu que ele não passou da viabilidade e de estudos científicos; atividades para desenvolver arma nuclear ocorreram até pouco depois de 2003.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

A Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, concluiu esta terça-feira a investigação sobre o programa nuclear do Irã.

Segundo o diretor-geral da agência da ONU, Yukiya Amano, a investigação mostra que “atividades relevantes ao desenvolvimento de uma arma nuclear ocorreram no país, de forma coordenada, até o final de 2003 e algumas atividades ocorreram depois de 2003”.

Estudos Científicos

Amano disse que “a avaliação da agência revela ainda que essas atividades não passaram da viabilidade e de estudos científicos, além da aquisição de certos aspectos de competência técnica e capacidades”.

O diretor-geral declarou que “a Aiea não tem nenhuma prova que indique atividades relevantes ao desenvolvimento de um explosivo nuclear depois de 2009, no Irã”.

Em julho, o Irã e um grupo de seis países, Alemanha, China, Estados Unidos, França, Rússia e Reino Unido, chegaram a um acordo sobre um Plano de Ação Conjunto Abrangente para resolver a questão nuclear iraniana.

A Aiea ficou responsável pela verificação e o monitoramento das promessas feitas pelo governo de Teerã.

Fins Pacíficos

O Irã sempre afirmou que seu programa nuclear tinha fins pacíficos para a produção de energia, mas outras nações afirmavam que o processo era levado por ambições militares.

De acordo com o Plano de Ação, o Irã prometeu nunca, sob qualquer circunstância, buscar, desenvolver ou adquirir armas nucleares.

Em pronunciamento aos membros da diretoria executiva da agência, Amano afirmou que “um progresso significativo foi alcançado na questão nuclear iraniana”.

Ele declarou que “esse assunto tem uma longa e complexa história e que o legado de desconfiança entre o Irã e a comunidade internacional deve ser superado”.