Cabo Verde: cantora Mayra Andrade repudia exclusão de minorias sexuais
País lançou Campanha Internacional Livres e Iguais; artista defende ações para desencorajar castigo da homossexualidade em África; intérprete vai partilhar palco com a brasileira Daniela Mercury.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A cantora cabo-verdiana Mayra Andrade disse que a exclusão de pessoas de minorias sexuais devia ser tratada como um crime.
As declarações foram feitas à Rádio ONU, da Cidade da Praia, no âmbito da Campanha Internacional Livres e Iguais apoiada pelas Nações Unidas em Cabo Verde.
Homofobia
"Temos que lutar para que a nossa sociedade cabo-verdiana seja honestamente tolerante. Obviamente que a homossexualidade não é criminalizada em Cabo Verde, mas é preciso que seja criminalizada a discriminação e a homofobia."
Países Africanos
"Eu fui convidada para ser madrinha aqui em Cabo Verde. Eu espero que os outros países lusófonos e os outros países africanos de uma forma geral sigam o exemplo de Cabo Verde a nível geral. Fico muito triste, muito preocupada com países africanos nomeadamente a Nigéria que criminalizam agora a homossexualidade."
O Brasil é um dos países que acolheram a iniciativa que envolve "milhões de pessoas em conversas globais". O objetivo é ajudar a "promover um tratamento justo" das pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgéneros, conhecidos pela sigla Lgbt.
Em território cabo-verdiano, a cantora brasileira Daniela Mercury deverá atuar com Mayra Andrade como parte da iniciativa que também integra vários elementos e materiais exibidos pelo Brasil.
Orientação Sexual
A campanha que apoia a medidas para proteger os direitos dos Lgbt já teve lugar em nações como Índia, Camboja e México.
A cantora sul-africana Yvonne Chaka Chaka também já apoiou as ações da iniciativa, que pretendem acabar com a discriminação baseada na orientação sexual e identidade de género.
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