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Acnur: preocupação com retórica sendo usada na campanha eleitoral americana BR

Refugiados sírios. Foto: Acnur/Olivier Laban Mattei

Acnur: preocupação com retórica sendo usada na campanha eleitoral americana

Falando a jornalistas em Genebra, porta-voz afirmou que agência tem um “forte programa de reassentamento nos Estados Unidos”, que inclui refugiados sírios; Melissa Fleming afirmou que esta é a população “mais investigada” entrando no país.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.

A porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, afirmou que a agência tem um “forte programa de reassentamento nos Estados Unidos”, que inclui refugiados sírios, e declarou uma apreensão.

Melissa Fleming afirmou que a agência está “preocupada que a retórica sendo usada na campanha eleitoral esteja colocando em risco um programa de reassentamento extremamente importante”.

Vítimas

A porta-voz ressaltou que a iniciativa é voltada para as “pessoas mais vulneráveis, as vítimas das guerras que o mundo não é capaz de interromper”.

Segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, por exemplo, 3 milhões de crianças estão desalojadas na Síria. Já os países vizinhos Turquia, Líbano, Jordânia, Iraque e Egito receberam mais de 2,2 milhões de menores, que agora vivem como refugiados.

Segurança

Fleming destacou que os refugiados passam por investigação minuciosa antes de entrar nos Estados Unidos.

Ela afirmou que as diversas estapas no processo de investigação das diferentes agências do sistema americano levam dois anos, antes da admissão ao país.

Religião

A porta-voz declarou que o programa de reassentamento da agência seleciona as pessoas “que mais precisam” e não levam em conta a religião delas.

Fleming destacou ainda que os Estados Unidos é o país que mais recebe refugiados através de reassentamento todos os anos, mais do que qualquer outra nação.

Ela disse que a contribuição americana tem sido tanto uma “benção” para as pessoas que receberam a oportunidade de recomeçar suas vidas nos Estados Unidos como um sinal para todo o mundo “de que esta é uma forma muito importante em que os países mais ricos podem contribuir para a partilha da responsabilidade de proteger e abrigar refugiados”.

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