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Moçambique deve melhorar condições rurais para avançar, diz Unctad

Taffere Tesfachew apresentou o relatório na capital moçambicana, Maputo. Foto: Banco Mundial/John Hogg

Moçambique deve melhorar condições rurais para avançar, diz Unctad

Agência recomenda que seja dada prioridade a áreas como mortalidade infantil, nutrição e saúde; água chega a apenas 35% das pessoas fora dos centros urbanos do país.

Ouri Pota da Rádio ONU em Maputo.

A Conferência da ONU para Comércio e Desenvolvimento, Unctad, recomenda que Moçambique melhore as condições das zonas rurais e a questão dos indicadores sociais como mortalidade infantil, nutrição e saúde.

A posição foi reiterada em Maputo pelo diretor da Divisão da África, dos Países Menos Avançados, PMAs, e dos Programas Especiais da agência da ONU. Para Taffere Tesfachew, uma vez melhorados tais indicadores o país poderá progredir.

Economia Rural

Na capital moçambicana, o representante apresentou os dados do Relatório intitulado A Transformação da Economia Rural. O estudo destaca a expansão do Produto Interno Bruto em 0, 3 % desde 2010, para 4,7% de 2014.

O relatório baseou-se em indicadores como a renda per capita, os ativos humanos e a vulnerabilidade económica.

Tesfachew destacou que entre os PMAs, Moçambique está a melhorar o seu desempenho e fez grandes progressos para apresentar um rendimento de 700 US$ por pessoa. Em África, estão 39 das 48 economias do grupo.

Abastecimento de Água

O relatório indica que a cobertura do abastecimento de água abrange no total 49% dos moçambicanos, sendo 80% para zona urbana e 35% para a área rural.

Entre as principais recomendações estão a necessidade de aumentar a produtividade do trabalho e na agricultura além da transferência de recursos e a diversificação económica rural.

A lista dos Países Menos Avançados é revista a cada três anos pelo Conselho Económico e Social das Nações Unidas, com base nas recomendações do Comité de Politicas de Desenvolvimento.

Cabo Verde saiu da lista dos PMAs em 2007, tornando-se  o único país lusófono entre as quatro economias que deixaram de pertencer à categoria após ter sido definida há 40 anos. Na lista estão o Botsuana, as Maldivas e Samoa.