Setor de transportes contribui com 25% das emissões de gases no mundo
Na COP21 é feito um pedido pela “mobilidade elétrica”, para tentar reduzir as emissões por meio da eficiência de combustíveis; 65 países estão comprometidos a melhorar setor de transportes públicos.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
O setor de transportes foi um dos focos da Conferência da ONU sobre Mudança Climática, COP21, esta quinta-feira. Foram apresentadas 10 iniciativas de redução da emissão de gás carbônico, CO2, além de um pedido pela promoção da mobilidade elétrica.
Segundo as Nações Unidas, os transportes contribuem com 25% das emissões de gases que causam o efeito estufa. O setor também é o principal ou o segundo maior contribuinte das emissões ligadas à energia.
Carros Elétricos
As iniciativas lançadas na COP21 focam na mobilidade urbana, nos transportes de carga e de longa distância, na eficiência dos combustíveis e na mobilidade elétrica, fatores importantes para reduzir as emissões causadas pelos veículos.
Em Paris, a ministra do Meio Ambiente da França, Segolene Royale, apresentou algumas propostas.
A primeira é uma competição pública para a criação de carros elétricos mais baratos, que custem menos de US$ 7 mil. Para que a temperatura média do planeta não suba mais do que 2° C, é preciso que 20% de todos os tipos de veículo sejam eletréticos até 2030.
Cidades
A ministra francesa também falou sobre uma iniciativa para os centros urbanos. O projeto Mobilize sua Cidade busca apoiar 100 cidades em 20 países emergentes ou em desenvolvimento para que implementem iniciativas sustentáveis nos seus planos nacionais de transportes.
A meta é que cada cidade reduza, até 2050, entre 50% a 75% das emissões ligadas aos transportes urbanos. Um projeto piloto será lançado no próximo ano em países da África, da Ásia e da América do Sul.
A ONU destaca projeções que mostram ser possível reduzir em 50% a emissão de CO2 dos transportes até 2050. Atualmente 65 países participam da Iniciativa Global de Economia de Combustível, que tem a meta de dobrar a eficiência dos veículos até 2050, resultando em uma redução cumulativa de mais de 30 gigatoneladas de CO2.