Bombardeamento desta terça-feira feriu sete pessoas na cidade de Taiz; secretário-geral reitera pedido de respeito das partes às obrigações internacionais de direitos humanos.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O secretário-geral das Nações Unidas condenou os ataques aéreos a uma unidade de saúde móvel dirigida pela ONG Médicos Sem Fronteiras na cidade de Taiz, no Iémen.
Ban Ki-moon realça que a ação ocorrida esta quarta-feira foi levada a cabo pela coligação liderada pela Arábia Saudita, em nota emitida pelo porta-voz. De acordo com a Médicos Sem Fronteiras, sete pessoas foram feridas com a destruição da clínica.
Direito Internacional
Ban condenou um incidente similar ocorrido a 27 de outubro, no qual foi danificado um hospital da ONG na província de Saada. Agências de notícias disseram que na altura a coligação teria negado ter feito o ataque.
Após lembrar que as instalações e o pessoal médico estão explicitamente protegidos pelo Direito Internacional Humanitário, o chefe da ONU pediu uma investigação rápida, eficaz e imparcial sobre o incidente.
Infraestruturas Civis
O secretário-geral lembrou a todas as partes envolvidas da extrema necessidade de respeitar as suas obrigações internacionais de direitos humanos e do direito humanitário para evitar ataques contra civis e infraestruturas civis.
Estimativas do escritório da ONU para os Direitos Humanos indicam que cerca de dois terços das mortes ocorridas desde o início da ofensiva, em março, foram causadas por ataques aéreos. Os rebeldes e seus aliados seriam responsabilizados pela outra parte dos óbitos.
Calcula-se que mais de 5,6 mil pessoas morreram no conflito, incluindo 2,6 mil civis.
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