ONU: processo de paz no Sudão do Sul está em “fase crítica”
Avaliação foi feita pelo subsecretário-geral da ONU para Operações de Paz nesta quarta-feira; no Conselho de Segurança, Hervé Ladsous, afirmou ser o momento para apoio político à transição ou o progresso feito pode ser perdido.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
O subsecretário-geral da ONU para Operações de Paz falou esta quarta-feira ao Conselho de Segurança sobre a situação política no Sudão do Sul e afirmou que a avaliação é “muito clara”.
Segundo Hervé Ladsous, o processo de paz no país está em uma “fase crítica que requer o envolvimento político ativo da comunidade internacional a fim de encorajar a implementação da transição”.
Avanços
Para o subsecretário-geral, “caso contrário o progresso feito até o momento terá sido em vão”. Ele pediu mais 1,1 mil soldados de paz para ajudar a monitorar os acordos.
Ladsous mencionou o apoio dos integrantes do Conselho de Segurança e dos parceiros internacionais da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento, Igad.
Ação Coletiva
Para o subsecretário-geral, é “preciso ação coletiva para aumentar a adesão das partes em conflito à implementação de seu acordo”.
Ele afirmou também que é preciso “apoiar ativamente as instituições estabelecidas pelo tratado para pôr um fim a este conflito sem sentido”.
Ladsous declarou que, “com o esperado, a implementação do acordo de paz está avançando lentamente e com sérias dificuldades”.
Violações
Ele disse que, desde agosto de 2015, o acordo de cessar-fogo foi “repetidamente violado” por ambas as partes do conflito em múltiplas partes do país.
Os contínuos combates, principalmente no estado de União, continuam a causar mortes e deslocamento de civis e a aumentar as necessidades humanitárias.
Vontade Política
Segundo o subsecretário-geral, levar paz e estabilidade ao Sudão do Sul vai exigir ação conjunta de todos os envolvidos na resolução do conflito.
Para Hervé Ladsous, o Conselho de Segurança, a União Africana, o Igad e os países da região têm um papel fundamental em manter a pressão às partes em conflito para que implementem o acordo.
O representante da ONU disse que “nenhuma quantidade de tropas ou de policiais pode substituir a vontade política necessária aos líderes do Sudão do Sul para pôr um fim ao seu conflito”.
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