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Países anunciam pacto de proteção das bacias hidrográficas na COP21 BR

O Pacto Paris busca fortalecer os mecanismos de monitoramento e medição da água, Foto: Banco Mundial

Países anunciam pacto de proteção das bacias hidrográficas na COP21

Iniciativa inclui mais de US$ 1 bilhão em financiamentos e assistência técnica; programa Ecocuencas da União Europeia vai apoiar projetos no Brasil, Colômbia, Equador e Peru.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

Uma coalizão envolvendo países, organizações, empresas e sociedade civil anunciou esta quarta-feira a criação do Pacto Paris sobre Água e Adaptação à Mudança Climática, durante as reuniões da COP21, na França.

O objetivo é fazer com que os sistemas de águas, que representam a base do desenvolvimento sustentável humano, se tornem mais resilientes aos impactos do clima.

US$ 1 Bilhão

A iniciativa inclui mais de US$ 1 bilhão em financiamentos e assistência técnica, o equivalente a quase R$ 4 bilhões.

Entre os programas que vão receber ajuda está o Ecocuencas que abrange o Brasil, a Colômbia, o Equador e o Peru.

Com o apoio da União Europeia, o projeto de compromisso financeiro de três anos tem como meta adaptar as bacias hidrográficas desses países aos efeitos da mudança climática.

O Pacto Paris busca ainda fortalecer os mecanismos de monitoramento e medição da água nessas regiões, como promover a sustentabilidade financeira e novos investimentos nos sistemas de gestão das águas.

Na Índia, a ideia é criar resiliência climática através da melhora do uso e manejo das águas de poço ou subterrâneas. Um projeto ambicioso vai incluir a bacia hidrográfica de Níger, que envolve nove países e conta com o apoio, entre outros, do Banco Mundial.

Megacidades

O Pacto Paris vai ajudar ainda a melhorar ou recuperar sistemas de águas na Jordânia, Líbano, Marrocos, Tunísia, Congo, México e China.

Outra meta envolve uma coalizão de megacidades, são 10 grandes centros urbanos no mundo que abrigam mais de 85 milhões de habitantes. Os especialistas querem criar uma plataforma para o intercâmbio de conhecimento e lançar projetos de apoio.

O setor privado está mobilizando um grupo de empresas, além das 27 já incluídas no projeto, para ajudar a reduzir os riscos relacionados à qualidade e à disponibilidade de água para a população.

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