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FAO firma parceria com o Google na luta contra a mudança climática BR

José Graziano da Silva e a representante da Google, Rebecca Moore. Foto: FAO

FAO firma parceria com o Google na luta contra a mudança climática

Na COP21, diretor da agência da ONU fala em “aliança estratégica”; proposta é tornar mapeamento mais acessível e fornecer assistência de alta tecnologia a países.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York. 

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, firmou nesta terça-feira uma parceria com a empresa Google Maps, com a meta de ajudar os países que combatem a mudança climática.

Segundo a FAO, a tecnologia digital utilizada nas imagens de satélite está causando uma revolução na maneira como os países podem acessar, monitorar e planejar o uso de seus recursos naturais. As imagens de satélite ajudam também a monitorar o desmatamento e a desertificação.

Acesso

A parceria entre FAO e Google foi firmada em Paris, durante a COP21. O diretor-geral da agência da ONU declarou se tratar de uma “aliança estratégica”. Segundo José Graziano da Silva, a iniciativa combina o esforço da FAO de combater a mudança climática com o compromisso do Google em ajudar com dados científicos.

A parceria vai durar três anos, buscando ampliar o acesso a ferramentas digitais fáceis de usar. O Google Maps vai fornecer 1,2 mil credenciais para que funcionários da FAO e parceiros possam utilizar a Ferramenta Google Earth, além de dar treinamento aos usuários.

Monitoramento

A FAO vai treinar funcionários e especialistas em vários países, para que aprendam a utilizar softwares que utilizam a tecnologia Google. Assim, será mais fácil colher dados e monitorar secas e a produtividade agrícola, por exemplo.

Na abertura da COP21, na segunda-feira, o diretor-geral da agência da ONU lembrou que os impactos da mudança climática afetam principalmente os mais pobres e os que sofrem com a fome.

José Graziano da Silva pediu aos líderes mundiais para serem “corajosos e resilientes” e que optem por mudanças que promovam um mundo mais seguro, justo e inclusivo.

Um estudo recente divulgado pela FAO mostra que nos países em desenvolvimento, 25% dos impactos causados por desastres naturais afetam os setores agrícola, pesqueiro, pecuário e de florestas.

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