Unicef e Angola promovem seminário sobre educação em emergências
Conflitos ou desastres naturais provocam atraso nas aulas e abandono dos alunos; em 2012, entre 60 milhões de crianças fora da escola, 36% estavam em países em conflito; curso visa sensibilizar técnicos do Ministério da Educação.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, apoia um seminário sobre educação em emergências realizado em Luanda a partir desta segunda-feira em parceria com autoridades angolanas.
Em quatro dias, técnicos do Ministério da Educação, de direcções provinciais do setor e da protecção civil debatem como estabelecer, coordenar programas e alocar recursos para prevenir e dar resposta a emergências.
Conflitos
Situações de emergência podem ser causadas por conflitos ou por desastres naturais. Segundo o Unicef, além de contribuírem para mortes, causam traumas e destruição de infraestruturas, como escolas.
Com os centros de ensino destruídos ou danificados, há atraso na volta as àulas e aumento do abandono escolar. O Unicef Angola informa que dados de 2012 indicam que 36% entre quase 60 milhões de crianças fora da escola estavam em países marcados por conflito.
Segundo a agência, mais de 100 milhões de crianças e jovens são afectados por desastres naturais todos os anos. E mais de um terço dos menores refugiados estão a perder a chance de concluir o ensino primário.
Sensibilização
O Unicef espera que durante o seminário, os técnicos do sector da educação de Angola saiam “sensibilizados sobre a importância” da educação durante situações de emergência.
Outra expectativa é para que aprofundem os seus conhecimentos sobre preparação, planeamento, coordenação e monitorização de serviços básicos mesmo em caso de emergência.
O Unicef diz ainda ser preciso alocar recursos materiais, financeiros e de pessoal para a implementação de acções. O ministro angolano da Educação, Mpinda Simão e a representante do Unicef no país, Amélia Russo de Sá, participam da abertura do encontro.
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