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Painel apresenta em dezembro relatório sobre República Centro-Africana

Manifestações em Bangui, República Centro-Africana. Foto: ONU/Nektarios Markogiannis

Painel apresenta em dezembro relatório sobre República Centro-Africana

Grupo avalia resposta das Nações Unidas sobre alegações de casos de abuso sexual realizados por militares estrangeiros no país; apesar de breve atraso para cumprir prazo, documento será apresentado na terceira semana de dezembro.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

O porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas passou mais informações sobre o status de um painel independente que está a verificar alegações de abuso sexual na República Centro-Africana.

A pedido de Ban Ki-moon, a equipa está a avaliar a resposta da ONU aos casos. Militares estrangeiros a servir no país africano são acusados de terem cometido violações sexuais contra civis.

Prazo

Esses não estavam sob o comando da ONU, mas ainda assim, Ban decidiu criar um painel de avaliação. O grupo tem como presidente a canadiana Marie Deschamps.

A especialista acaba de comunicar ao secretário-geral que apesar de grandes esforços, o painel já prevê um pequeno atraso em relação ao prazo estipulado para a apresentação de um relatório.

É possível que o documento seja apresentado na terceira semana de dezembro, o que está a depender da conciliação das agendas de Ban e de Deschamps.

Denúncias

As alegações sobre abuso sexual na República Centro-Africana surgiram em setembro. Uma rapariga chegou a engravidar após ter sido estuprada por um soldado estrangeiro.

Também há dois meses, a Missão das Nações Unidas na República Centro-Africana, Minusca, anunciou que recebeu uma denúncia de exploração sexual cometida por um dos seus funcionários civis no país.

O secretário-geral Ban Ki-moon reforçou por diversas vezes a política de tolerância zero da organização com casos de abuso sexual. Segundo a Minusca, a situação continua tensa no país.

São 2,7 milhões de pessoas a precisar de ajuda humanitária, ou mais da metade da população. Na semana passada, a Minusca anunciou que aumentou a patrulha em distritos da capital Bangui para tentar impedir o aumento da onda de violência.

*Apresentação: Alexandre Soares.

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