Veículo cheio de explosivos foi usado para abrir caminho e explodir o hotel Sahafi; milícias al-Shabaab teriam reivindicado ataque deste domingo; um membro do parlamento somali e um oficial militar também perderam a vida.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Os Estados-membros do Conselho de Segurança condenaram "nos termos mais fortes" o ataque perpetrado este domingo pelas milícias al-Shabaab contra um hotel da capital somali, Mogadíscio.
De acordo com agências de notícias, pelo menos 15 pessoas morreram após a ação levada a cabo por homens armados. O grupo usou um veículo cheio de explosivos para abrir caminho e explodir o edifício do hotel Sahafi.
Mortos
Segundo os relatos, o grupo reivindicou a responsabilidade pelo ataque numa página da internet. Um deputado e um alto oficial militar teriam morrido no local frequentado por membros do parlamento.
Após lamentar os mortos e feridos, os membros do Conselho expressaram condolências às famílias das vítimas e desejaram uma rápida recuperação aos feridos.
Os integrantes do órgão elogiaram a resposta rápida do Exército Nacional da Somália e reafirmaram que "o terrorismo em todas as suas formas e manifestações, constitui uma das mais graves ameaças à paz e à segurança internacionais".
Motivação
A nota sublinha que quaisquer atos de terrorismo são criminosos e injustificáveis, independentemente da sua "motivação, onde, quando e quem os cometeu".
Os Estados-membros do Conselho sublinharam a necessidade de levar à justiça aos "autores, organizadores, financiadores e patrocinadores dos atos repreensíveis de terrorismo".
Para tal, a declaração insta a todos os países a cooperar de forma efetiva com as autoridades somalis.
Órgão reafirmou ainda a sua determinação de apoiar a transição somali com vista a uma maior paz e estabilidade no país do Corno de África. O órgão frisa que nem o mais recente ataque e nenhum outro poderiam enfraquecer essa determinação.
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