Ismail Ould Cheikh Ahmed destacou que as negociações de paz são a única forma de restaurar a esperança da população do país.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York
O enviado especial da ONU para o Iêmen, Ismail Cheikh Ahmed, afirmou nesta sexta-feira ao Conselho de Segurança que o “país está em chamas e sua população em uma situação catastrófica”.
Ele disse ainda que o “país está sangrando, suas cidades em colapso e seus cidadãos privados dos direitos mais básicos”.
Solução Política
O enviado especial destacou que as negociações de paz são a única forma de restaurar a esperança da população do Iêmen.
Segundo Ahmed, o último relatório do Escritório da ONU para Coordenação de Assistência Humanitária, Ocha, indica que a maioria dos iemenitas precisam de assistência humanitária.
Assistência Humanitária
Cerca de 20 milhões de pessoas não têm acesso a água potável e pelo menos 500 mil crianças estariam sofrendo de desnutrição.
Ahmed informou aos integrantes do Conselho que o bombardeio em Taiz deixou a cidade em ruínas e levou à interrupção de serviços humanitários em muitas regiões.
Ele alertou ainda que grupos extremistas estão se aproveitando da situação.
Logo após o informe do enviado especial, o Conselho de Segurança emitiu um comunicado exigindo a plena implementação de suas resoluções relevantes à questão. O órgão também reiterou seu pedido para que todos os lados retomem e acelerem as consultas políticas mediadas pela ONU.
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