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Ucrânia inicia campanha para vacinar 2,8 milhões de crianças contra pólio BR

Campanha de vacinação contra a poliomielite. Foto: OMS

Ucrânia inicia campanha para vacinar 2,8 milhões de crianças contra pólio

Decisão foi tomada para combater surto da doença que se espalhou por diversas partes do país; autoridades querem atingir 4,7 milhões de menores de 10 anos nas duas próximas fases.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

A Ucrânia iniciou esta quarta-feira uma campanha de vacinação contra a poliomielite, para combater o surto que atingiu várias regiões do país.

A Organização Mundial da Saúde elogiou a iniciativa coordenada pelo Ministério da Saúde ucraniano e pediu a participação de hospitais e clínicas no processo de imunização.

Primeira Fase

Segundo a OMS, a meta nessa primeira fase é conseguir vacinar 2,8 milhões de crianças até os seis anos. Nas duas próximas fases, que devem acontecer com intervalos de um mês, o objetivo é ampliar o alcance para mais de 4,7 milhões de menores de 10 anos.

Em 1º de setembro, o Ministério de Saúde ucraniano anunciou que a doença causou a paralisia de duas crianças na região de Zakarpatskaya, no sul do país.

A OMS explicou que a paralisia ocorre em aproximadamente 1 em cada 200 casos.

Risco

As autoridades disseram que até agora nenhum outro caso de pólio foi registrado no país, mas milhões de crianças sem vacinação correm risco grave de contrair a doença.

De acordo com o Guia Internacional e Protocolos de Epidemias, a descoberta de um só caso de pólio já constitui um surto que exige resposta urgente.

Desde o anúncio da infecção, a OMS e o Unicef, o Fundo da ONU para a Infância, estão fornecendo apoio técnico e logístico ao Ministério da Saúde ucraniano na implementação da campanha de vacinação.

A OMS está fazendo avaliações para determinar o risco e as rotas potenciais de transmissão do vírus para outros países. A agência calcula que os riscos da doença se espalhar pela Ucrânia são altos por causa da pequena taxa de vacinação.

A OMS está monitorando também as fronteiras do país com a Hungria, Polônia, Romênia e Eslováquia para averiguar a possibilidade de o vírus se espalhar pela região.

Os especialistas de saúde afirmam que a vacina oral contra a poliomielite é o meio mais eficaz para se acabar com a propagação do vírus e para garantir a imunidade da população.