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Conselho de Segurança reunido sobre violência entre palestinos e israelenses BR

Responsável da ONU diz que tanto israelenses quanto palestinos são culpados pela situação atual. Foto: ONU/Kim Haughton

Conselho de Segurança reunido sobre violência entre palestinos e israelenses

Situação é motivo de “extrema preocupação para as Nações Unidas”; incêndios, israelenses esfaqueados e palestinos mortos entre episódios recentes; representante diz que impacto das mídias sociais ajudou na escalada do conflito.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

O aumento da violência entre israelenses e palestinos levou o Conselho de Segurança a promover um debate aberto nesta sexta-feira. O secretário-geral- assistente de Assuntos Políticos da ONU participa do encontro e afirmou estar “extremamente preocupado” com a situação na Cisjordânia e em Gaza.

Tayé Brook Zerihoun citou episódios ocorridos nesta sexta-feira na Cisjordânia, quando palestinos incendiaram uma área onde está localizada a tumba de José.

Mortos e Feridos

O representante condenou o ataque, pediu que os responsáveis sejam levados à Justiça e pediu a todos em conflito que respeitem locais sagrados da Cidade Velha de Jerusalém.

Zerihoun também citou casos de israelenses esfaqueados e de palestinos mortos pelas forças de segurança de Israel. Segundo ele, até quinta-feira, sete israelenses e 32 palestinos tinham sido assassinados. E desde 1 de outubro, mais de 120 israelenses e de 1,1 mil palestinos foram feridos.

Redes Sociais

Na avaliação do representante da ONU, o impacto das mídias sociais e a “retórica irresponsável” têm tido um papel “dramático para a escalada do conflito”.

Zerihoun diz que tanto israelenses quanto palestinos são culpados pela situação, mas ele nota os esforços dos líderes de governo, que estariam diminuindo o tom de seus discursos.

Para o secretário-geral assistente, está claro que a atual crise “não pode ser resolvida somente com medidas de segurança”. Zerihoun diz ser essencial acabar com a ocupação, demolições de propriedades e assentamentos e citou que a falta de perspectiva sobre a criação de um Estado palestino também agrava a situação.

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