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Banco Mundial patrocina pesquisas nos 78 países mais pobres do mundo

Serão feitas pesquisas com famílias dos países mais pobres do mundo. Foto: Banco Mundial/Dominic Chavez

Banco Mundial patrocina pesquisas nos 78 países mais pobres do mundo

Segundo órgão, há uma lacuna de estudos sobre a pobreza; pesquisas serão feitas a cada três anos e primeiros resultados estão previstos para 2020; avaliação será feita nas comunidades, para saber o que as famílias consomem.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

O Banco Mundial anunciou que vai trabalhar com países em desenvolvimento e parceiros internacionais para tratar o que considera “grandes lacunas na recolha de dados sobre a pobreza”.

Serão feitas pesquisas com as famílias dos 78 países mais pobres do mundo, incluindo muitas nações africanas, com o objetivo de saber como vivem e o que consomem. Será investigado também o acesso à educação, à saúde, ao saneamento e a situação de fome.

Falta de Dados

Em cada nação, entre 2 mil e 100 mil famílias serão abordadas. A proposta é fazer entrevistas a cada três anos e os primeiros resultados devem sair em 2020. Isso vai custar US$ 300 milhões a cada três anos, com investimentos do Banco Mundial, de doadores e de outros países.

O órgão explica que a luta contra a pobreza muitas vezes é prejudicada pela falta de dados em muitos países. Quase 30 nações não tinham dados sobre a situação da pobreza entre os anos de 2002 e 2011. Assim, fica difícil identificar progressos e melhorar a vida das populações mais pobres.

Desenvolvimento Sustentável

O anúncio das pesquisas periódicas foi feito na quinta-feira pelo presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim. Segundo ele, a recolha de dados é uma das medidas mais poderosas para acabar com a pobreza extrema, de acordo com a Agenda 2030.

O órgão lembra a necessidade dos governos investirem em educação de qualidade, saúde, saneamento e eletricidade para todos, e também em medidas de proteção social.

O ministro das Finaças de Gana elogiou a nova medida. Seth Terkper disse que o seu país já recolhe dados há 20 anos junto às famílias e considera positiva a possibilidade do mesmo ser feito em outras nações.

*Apresentação: Denise Costa.