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Conversas para acabar com conflito no Iêmen devem começar em breve BR

Jan Eliasson. Foto: ONU/Loey Felipe

Conversas para acabar com conflito no Iêmen devem começar em breve

Anúncio foi feito em Genebra pelo vice-secretário-geral da ONU; Jan Eliasson teve encontros com representantes da Arábia Saudita, Emirados Árabes e Irã; ele acredita que conversações podem ser iniciadas no fim deste mês.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

As conversações para decidir o futuro do Iêmen podem começar até o fim deste mês, apesar da “grande desconfiança” dos envolvidos no processo, segundo o vice-secretário-geral da ONU.

Jan Eliasson está em Genebra e fez o anúncio nesta quinta-feira, após encontros recentes com representantes da Arábia Saudita, dos Emirados Árabes Unidos e do Irã.

Grupos Terroristas

O vice-chefe da ONU afirmou que “existe forte lógica” para as conversações começarem agora, porque a Al Qaeda ganha cada vez mais terreno no conflito e o sofrimento humanitário no Iêmen só aumenta.

Eliasson explicou que tanto houthis quanto o governo do presidente Hadi estão céticos sobre o processo, mas o representante da ONU espera que eles não fiquem de fora das conversas.

Acordo

As Nações Unidas trabalham desde março para colocar os lados em conflito juntos, para que concordem com o fim da violência. Mas até agora, nenhum acordo foi alcançado entre o presidente  e os militantes houthis.

Com a presença de grupos terroristas como a Al Qaeda, Eliasson acredita que é cada vez mais necessário definir o fim do conflito no país. Ele participa em Genebra das consultas sobre a Conferência Humanitária Mundial, que ocorre em 2016.

Síria

Por isso, Eliasson também falou sobre a Síria, afirmando que existe uma “necessidade desesperada de se acabar com a guerra”. O vice-secretário-geral lembrou que mais um inverno se aproxima, o que irá piorar a situação humanitária de milhões de sírios.

Outro problema é a situação política, que só tem beneficiado a atuação de grupos terroristas. Com a intervenção militar da Rússia, Eliasson acredita ser a oportunidade ideal para se pressionar ainda mais por uma solução política para a crise.

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