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PMA leva ajuda essencial a novos deslocados centro-africanos

Ponto de distribuição em Bangui. Foto: OCHA/Phil Moore

PMA leva ajuda essencial a novos deslocados centro-africanos

Agência chegou a mais de 30 mil pessoas em “necessidade desesperada de comida” na capital Bangui; agência precisa urgentemente de US$ 21 milhões para continuar a fornecer assistência vital a famílias até o fim do ano.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Programa Mundial de Alimentação, PMA, chegou a mais de 30 mil novos deslocados internos em “necessidade desesperada de comida” na capital da República Centro-Africana, Bangui, após um novo surto de violência.

A assistência foi feita após a agência da ONU ter sido forçada a suspender temporariamente as suas operações durante ataques.

Situação Tensa

O diretor do PMA no país, Bienvenu Djossa, afirmou que “mais de 40 mil pessoas foram obrigadas a fugir das suas casas numa questão de dias”.

Segundo o representante, “a situação continua tensa e volátil, mas a agência conseguiu, na última semana, chegar aos que mais precisam, pessoas que ficaram isoladas de qualquer assistência por dias e a viver em circunstâncias difíceis em mais de 20 locais de deslocamento”.

Recursos Necessários

Para Bienvenu Djossa, é “fundamental” que o PMA tenha os recursos necessários para ajudar as pessoas mais vulneráveis que têm sido repetidamente afetadas por uma crise que eclodiu há dois anos”.

Ele afirmou que “mesmo antes desta última escalada da violência, cerca de uma em cada quatro pessoas precisava urgentemente de assistência alimentar”.

Conflito e Fome

Cerca de 900 mil pessoas continuam deslocadas na República Centro-Africana ou buscaram refúgio em países vizinhos desde o início do conflito em 2013. A recente vaga de violência provocou a morte de pelo menos 77 pessoas e deixou 414 feridas.

Atualmente, cerca de 1,3 milhão de pessoas precisa de assistência alimentar no país. O PMA e os seus parceiros procuram ajudar 1,2 milhão de pessoas nas áreas mais afetadas pelo conflito e pela fome.

A agência precisa urgentemente de US$ 21 milhões para continuar a fornecer assistência vital às famílias carenciadas até o fim do ano.

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