OIM retirou mais de 7,1 mil etíopes do Iémen após agravamento do conflito

Crianças desacompanhadas aguardam localização pelos familiares na capital etíope; migrantes são apoiados pela agência durante e após a sua chegada na terra de origem.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A Organização Internacional para Migrações, OIM, anunciou que desde março já foram retirados 7.166 cidadãos etíopes do Iémen devido ao conflito.
Na última semana, 83 migrantes regressaram à Etiópia. O grupo incluía 15 crianças desacompanhadas que esperam ser localizadas pelos seus familiares, na capital Addis Abeba.
País de Trânsito
A operação tem sido coordenada pelos escritórios da agência parceira da ONU e os governos da Etiópia e do Djibuti, que é país de trânsito.
Cerca de 70 mil pessoas vindas do Iémen estão nos dois países, na Somália e no Sudão. Uma avaliação realizada na semana passada estima que a retirada de estrangeiros do conflito poderá custar US$ 155 milhões até o fim de 2016.
Apoio
A OIM revelou que além de oferecer ajuda humanitária essencial durante o processo, garante que os migrantes recebam apoio após a sua chegada na Etiópia.
Nos primeiros sete meses deste ano, as Nações Unidas estimam que 4,5 mil civis morreram devido a explosivos no Iémen. O país continua a registar combates entre as milícias houthis e o governo, que é apoiado por uma coligação liderada pela Arábia Saudita.
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