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Sudão do Sul: ONU fala de "vila dividida" entre exército e milícia desconhecida

UN Photo/JC McIlwaine
Mulher na estrada que liga Maridi e Murni, cidade agora dividida entre o exército e uma milícia armada desconhecida. Imagem:

Sudão do Sul: ONU fala de "vila dividida" entre exército e milícia desconhecida

Unmiss estima que 600 pessoas estejam nas imediações das suas instalações em busca de abrigo na cidade de Mundri no leste; instalações da ONU protegem cerca de 185 mil civis devido à violência.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul, Unmiss,  anunciou esta segunda-feira que a cidade de Mundri, no estado de Equatória Ocidental, está dividida entre o exército e uma milícia armada desconhecida.

Nas imediações da base temporária da operação de paz instalada na região  estão cerca de 600 pessoas que procuram refúgio.

Tiros

Entretanto, a missão informou que na noite de sexta-feira foram ouvidos tiros perto das instalações de proteção de civis, onde 108 mil deslocados estão abrigados no estado de Unidade.

Quatro pessoas foram feridas à bala vítimas na capital do estado, Bentiu, incluindo um menino de 13 anos. As vítimas estão em estado estável após terem recebido tratamento na clínica de uma ONG.

A missão reitera o seu apelo a todas as partes no conflito a respeitarem a inviolabilidade dos bens e das instalações das Nações Unidas. Um pedido foi feito às autoridades para a proteção de civis, nos locais onde vivem cerca de 185 mil pessoas.

Na sexta-feira, o Conselho de Segurança declarou que não descartava a hipótese de tomar as medidas necessárias contra todos "cujas ações comprometam a paz, a estabilidade e a segurança no Sudão do Sul."

Sanções

Na resolução que alargou o mandato da Unmiss por três meses, o órgão reitera que indivíduos ou entidades responsáveis por tais atos podem estar sujeitos a "sanções específicas".

Os Estados-membros do Conselho reconheceram que o acordo assinado em agosto para resolver o conflito de cerca de dois anos foi o primeiro passo para reverter a situação política e económica ainda "difícil" no mais novo país do mundo.

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