Conferência debate educação e saúde reprodutiva na África Central e Ocidental
Evento é organizado pela Unesco, em parceria com outras agências das Nações Unidas; temas debatidos são Sida, gravidez precoce e violência de género.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Decorre até esta sexta-feira, 9 de outubro, em Dacar, capital do Senegal, uma conferência sobre educação para saúde reprodutiva em África Ocidental e Central. Os temas debatidos são sida, gravidez precoce e violência de género.
O evento é coordenado pela Organização das Nações Unidas para Educação Ciência e Cultura, Unesco, em parceria com outras agências da ONU.
Objetivos
O principal objetivo da conferência, que reúne participantes de 24 países, é trabalhar com experiências passadas e boas práticas para acelerar a implementação de programas de saúde reprodutiva e fortalecer a resposta ao HIV, à gravidez na adolescência e à violência de género na região.
Segundo a Unesco, os adolescentes, particularmente as meninas, constituem o grupo mais vulnerável em relação à saúde sexual e reprodutiva.
Apesar do progresso feito, a África Ocidental e Central fica atrás de outras regiões em relação à saúde reprodutiva de jovens.
A região tem o índice mais alto de gravidez para meninas com idades entre 15 e 19 e quatro em 10 raparigas estão casadas antes dos 18 anos.
Sida
Em relação ao HIV, a agência afirma que os adolescentes constituem o único grupo onde as mortes ligadas à Sida continuam a crescer.
Menos de um quarto de jovens mulheres e um terço de jovens homens têm conhecimento adequado sobre HIV.
Desafios
Para o conselheiro sobre questões de educação relacionadas ao HIV/Sida do escritório regional da Unesco em Dacar, Xavier Hospital, “é preciso abordar estes desafios através da educação possam prosseguir sua escolaridade e desenvolver seu potencial”.
Programas
Já existem programas de educação sexual em operação em partes de África Central e Ocidental, graças à colaboração entre governos, sociedade civil, agências da ONU e especialistas.
Segundo a Unesco, é agora essencial desenvolver e acelerar a implementação destes programas em todos os países da região.
Espera-se que a Conferência desenvolva um plano para estas melhorias, elaborado com a ajuda dos governos da região.
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