Banco Mundial afirma que economias da AL. e do Caribe não vão crescer BR

Afirmação consta do relatório conjunto da instituição e do Fundo Monetário Internacional divulgado no Peru; documento mostra que resultado terá impacto na criação de empregos e valor de salários no ano que vem.
Mariana Ceratti, do Banco Mundial em Lima, Peru, para a Rádio ONU.*
O novo relatório do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional sobre o Panorama Econômico Global mostrou que as economias da América Latina e do Caribe não vão crescer em 2015.
Segundo o economista-chefe do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe, Augusto de la Torre, o resultado terá impacto na criação de empregos e no valor dos salários em 2016.
Mercado de Trabalho
Em Lima, no Peru, onde o documento foi lançado e onde ocorrem as reuniões do Banco Mundial e do FMI, de la Torre destacou os efeitos da desaceleração sobre o mercado de trabalho.
Ele afirmou que “muitos trabalhadores estão passando, outra vez, para o setor informal ou então estão passando de empregos em empresas grandes e com bons salários para empresas pequenas”.
O economista-chefe disse que na última década, o emprego foi o principal motivo para a redução da desigualdade na América Latina e no Caribe. Diante do crescimento perto de zero, os autores do estudo se preocupam com um possível retrocesso nas conquistas sociais da região.
O relatório diz ainda que esse baixo crescimento econômico é motivado pela desaceleração da China, que reduziu a importação de produtos latinoamericanos, entre outros efeitos.
O estudo também aponta a queda nos preços das matérias-primas, o principal produto de exportações da América Latina.
Para a economia latinoamericana voltar a crescer com vigor, os autores recomendam mudanças para aumentar a produtividade e a competitividade.
Mais informações sobre as reuniões anuais do Banco Mundial-Fundo Monetário Internacional em Lima, Peru você encontra aqui: Facebook.com/BancoMundialBrasil e @bancomundialbr.
*Apresentação: Edgard Júnior
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