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Ébola: peritos dão prazo até fim de outubro para fim de "medidas excessivas"

UN Photo/Ari Gaitanis
Centro de tratamento do Ébola na Guiné. Imagem:

Ébola: peritos dão prazo até fim de outubro para fim de "medidas excessivas"

Ações incluem controlo de viagens e transporte; comité considera negativo impacto dessas normas na resposta e recuperação; pelo menos 34 países aplicam regras inadequadas; Guiné Conacri fechou mês de setembro com quatro casos.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Especialistas reunidos na Organização Mundial da Saúde, OMS, para discutir o surto de ébola pediram o levantamento de "medidas excessivas ou inadequadas de viagem e de transporte" que vão além das recomendações temporárias.

O Comité de Emergência para avaliar a situação da doença na África Ocidental defende que 34 países continuam a adotar medidas desproporcionais em relação aos riscos de transmissão. O grupo quer o fim dessas regras até o fim de outubro.

Pacientes

Em comunicado, os peritos frisam que essas normas têm um impacto negativo sobre nos esforços de resposta e de recuperação.

De acordo com a OMS, quatro casos de ébola foram confirmados na Guiné Conacri até 30 de setembro. Desde o início do surto, a doença matou 11.296 pacientes dos 28.388 casos registados a nível global.

Voos

O grupo afirma que uma série de companhias aéreas internacionais ainda não retomou os voos para os países afetados.

O documento sublinha que não deve haver qualquer banimento geral, em viagens ou no comércio internacional "nem restrições de deslocações aos sobreviventes."

Os especialistas destacam ainda que devem ser implementadas somente as restrições de viagem que dizem respeito aos pacientes e às pessoas com quem estes tiveram contacto.

Aconselhamento

Todos os países são instados a dar informações aos viajantes sobre as áreas de transmissão ativa do ébola.

Os dados destacam riscos, medidas para os minimizar e de aconselhamento para que estes "possam gerir uma potencial exposição".

Informação

Para nações com registo de pacientes, o comité recomenda que "não deve haver banimento de viagens internacionais", a não ser que as medidas sejam parte de uma evacuação médica apropriada.

As autoridades locais foram encorajadas a dar informações sobre a sua situação e a continuar com as medidas para enfrentar o surto e a envolver a comunidade para garantir o controlo rápido do ébola.

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