Durante encontro de alto nível, secretário-geral da ONU destaca que país virou refúgio para movimentos terroristas e traficantes de seres humanos; segundo Ban Ki-moon, nenhum acordo é perfeito, mas documento ajudará Líbia a “sair do caos”.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
A Líbia foi tema de um debate de alto nível esta sexta-feira na sede da ONU, em Nova York, às margens da Assembleia Geral. No encontro, o secretário-geral destacou que pela primeira vez desde a revolução de 2011, os líbios têm diante deles um plano para o processo de transição política.
Ban Ki-moon fez um apelo aos partidos líbios para que coloquem suas diferenças de lado e aceitem o acordo político proposto.
Apoio
Segundo Ban, “nenhum acordo é perfeito, mas o documento ajudará a Líbia a sair do caos e criar um Estado democrático e estável”. O secretário-geral foi claro: quem não apoiar o documento será responsável por possíveis consequências e sofrimento.
No encontro, o chefe da ONU afirmou que a violência está levando a Líbia para um caminho de “morte, deslocamentos e destruição”.
Terrorismo
Ban Ki-moon disse que “movimentos terroristas estão ganhando base estratégica no país”, que se tornou um “refúgio para criminosos e traficantes de seres humanos”. Com isso, milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária.
O secretário-geral da ONU lamentou que esses sejam resultados de grupos rivais que “insistem em colocar problemas pequenos acima do povo líbio” e assim, “negam um futuro ao país”.
Aos líderes da Líbia, Ban Ki-moon destacou que o acordo político é o melhor caminho e poderá resultar em paz, estabilidade e na garantia dos direitos humanos.
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