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Timor-Leste: “É tempo de agir em relação às alterações climáticas” BR

Primeiro-ministro do Timor-Leste, Rui Maria de Araújo, em discurso na Assembleia Geral da ONU. Foto: ONU/Amanda Voisard

Timor-Leste: “É tempo de agir em relação às alterações climáticas”

Primeiro-ministro do país discursou nesta quinta-feira, no 4º dia de debate geral na 70ª Assembleia Geral das Nações Unidas; Rui Maria de Araújo destacou ainda o desenvolvimento sustentável, a estabilidade política e soberania da nação e a presidência da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, Cplp.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.

O primeiro-ministro do Timor-Leste, Rui Maria de Araújo, discursou nesta quinta-feira na 70ª Assembleia Geral das Nações Unidas e fez um alerta: “É tempo de agir em relação às alterações climáticas”.

“As discussões que terão lugar no final deste ano em Paris deverão ter consequências universais, ambiciosas e juridicamente vinculativas. O mundo inteiro está a caminhar para um consenso reconhecendo a urgência em combater as alterações climáticas (...)  Sabemos também, que os impactos das alterações climáticas são ainda mais notórios nos pequenos Estados insulares em desenvolvimento que estão na linha de frente desta luta.”

Língua Portuguesa

O primeiro-ministro também destacou temas como o aniversário de 70 anos das Nações Unidas, a reforma do Conselho de Segurança da ONU, conflitos, migrantes e refugiados e a adoção da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável.

Rui Maria de Araújo mencionou a presidência do Timor-Leste da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, Cplp.

“Queremos incutir nessa comunidade de países irmãos uma nova dinâmica e trazê-la para o palco da globalização económica e de oportunidades de investimento para que estas se possam refletir na melhoria da condição de vida dos nossos povos contribuindo igualmente para o desenvolvimento, paz e estabilidade dos povos do mundo.”

Origem

Antes de seu discurso, o primeiro-ministro falou à Rádio ONU sobre a relação de seu país com a organização.

“As Nações Unidas tiveram um papel importantíssimo na gênese do Estado timorense. Foi aqui, desde 1975, os líderes históricos da nossa luta de libertação, como por exemplo, o doutor Ramos Horta esteve a batalhar pela internacionalização do caso do Timor-Leste e também pelo direito da autodeterminação. Obviamente apoiado por vários países membros da ONU inclusive, com destaque, os países irmãos da Cplp que deram muito apoio naquela altura.”

Na entrevista, Rui Maria de Araújo abordou diversos tópicos, entre eles a divulgação da língua portuguesa no país e a situação política na Guiné-Bissau.

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