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Rússia e Ocidente juntos na luta contra terrorismo na Síria BR

Sergey Lavrov. Foto: ONU/Mark Garten

Rússia e Ocidente juntos na luta contra terrorismo na Síria

Ministro do Exterior russo fez a declaração a jornalistas num evento paralelo aos debates na Assembleia Geral da ONU; Sergey Lavrov disse que as forças militares estão do mesmo lado.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou esta quinta-feira que as forças militares russas e ocidentais estão juntas na luta contra o terrorismo na Síria.

Lavrov fez a declaração a jornalistas num evento paralelo aos debates na Assembleia Geral e para marcar o fim da presidência rotativa no Conselho de Segurança. Neste mês de outubro, a chefia do órgão fica com a Espanha.

Grupos Atacados

A Rússia iniciou uma série de ataques aéreos nos últimos dois dias no território sírio. Ao ser indagado sobre quais grupos terroristas estavam sendo atacados, Lavrov não foi específico.

O ministro russo disse que “se a pessoa parece, se age, se anda ou se luta como um terrorista é porque é um terrorista”. Ele lembrou que todos dizem que vão lutar contra o Isil e outros grupos terroristas.

Lavrov explicou que “essa é a mesma posição adotada pelos americanos”. Segundo ele, “os representantes do comando da coalizão disseram que os alvos são o Isil, o al-Nusra e outros grupos terroristas e essa é a mesma posição do governo russo”.

Leis Internacionais

Mais cedo, o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, disse que o secretário-geral enfatizou que qualquer ataque aéreo estrangeiro na Síria deve respeitar estritamente as leis internacionais humanitária e de direitos humanos.

Dujarric disse ainda que será impossível acabar com o conflito na Síria e derrotar os extremistas sem um compromisso internacional genuíno com um processo político paralelo.

O secretário-geral espera ainda que o governo sírio trabalhe junto e de forma colaborativa com o enviado especial Staffan de Mistura.

Ban afirmou que o surgimento do extremismo e do terrorismo no país foram, em grande parte, consequência da falta de diálogo político.