Ban preocupado com escalada da violência na República Centro-Africana
Em evento de alto nível sobre o país, secretário-geral mencionou ataques a civis e entre comunidades; ele afirmou que eventos recentes na capital Bangui ressaltam a “fragilidade da situação”
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Em um evento de alto nível na sede da ONU esta quinta-feira o secretário-geral da ONU afirmou estar “profundamente preocupado com a escalada da violência na República Centro-Africana.
No encontro, à margem da Assembleia Geral, Ban Ki-moon mencionou ataques a civis e entre comunidades.
Fragilidade
O chefe da ONU declarou que eventos recentes na capital Bangui ressaltam a “fragilidade da situação”.
Ele afirmou “lamentar e deplorar a perda de vidas” e pediu a todos os envolvidos que parem os combates.
Processo de Transição
Ban disse estar “claro que a violência mais recente em Bangui está destinada a desestabilizar o país e prejudicar o processo de transição”.
Ele também afirmou que não se pode “minar as conquistas do último ano e negar as aspirações da grande maioria” de cidadãos do país por paz e uma vida melhor.
O secretário-geral defendeu que “todos que cometem ou instigam crimes, incluindo violações de direitos humanos, ou incitam violência devem prestar contas”.
Eleições
O chefe da ONU mencionou as eleições ainda este ano como um avanço no lado político. O país agendou a votação para este mês.
No entanto, afirmou que como demonstrado pelos acontecimentos dos últimos dias, a importância do apoio internacional, a necessidade de encontrar um terreno comum entre divisões religiosaspolíticas e comunitárias nunca foi tão crítica.
Desafios
Ban declarou que grandes desafios permanecem, além das preocupações imediatas de segurança. Ele afirmou que “reconstruir, reconciliar e reformar um país exposto a anos de crises violentas leva tempo” e que “as necessidades humanitárias permanecem significativas”.
No entanto, muitos programas permanecem sem financiamento. O secretário-geral disse que o encontro expressa firme apoio ao fim pacífico da transição mas também olha além e se concentra em ações prioritárias identificadas durante o Fórum de Bangui que podem ser alcançadas em 18 meses ou menos.
O chefe da ONU afirmou que os cidadãos da República Centro-Africana precisam urgentemente de garantia de que paz e estabilidade em seu país permanece uma prioridade na agenda da comunidade internacional.
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