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Na ONU, Angola propõe aliança internacional para combater o terrorismo

Manuel Vicente no seu discurso na 70ª sessão da Assembleia Geral da ONU. Foto ONU/Cia Pak

Na ONU, Angola propõe aliança internacional para combater o terrorismo

Vice-presidente destacou gravidade do problema  para a segurança em África e a nível global; pronunciamento angolano na Assembleia Geral recomenda "máximo sentido de responsabilidade" na Guiné-Bissau.

Eleutério Guevane, da Rádio em Nova Iorque.

Angola defendeu esta quinta-feira a criação de uma "coligação mundial" para combater o terrorismo, no debate da 70ª sessão da Assembleia Geral da ONU.

No seu discurso ao órgão, o vice-presidente do país Manuel Vicente sublinhou que a questão é "um sério problema de segurança" em África e noutras regiões do mundo tendo citado um exemplo de resposta coordenada.

Flagelo

"A criação da Task Force da Bacia dos Países do Lago Chade e Benim é um exemplo de resposta coletiva que merece o necessário respaldo da comunidade internacional, visando extirpar do continente africano o flagelo terrorista que tem causado indizível sofrimento aos povos por ele afetados."

Manuel Vivente mencionou a celebração das quatro décadas da independência angolana em clima de estabilidade. O representante angolano destacou ganhos alcançados após a guerra civil terminada em 2002.

Maior Inclusão

"Angola irá celebrar, no próximo mês de Novembro, o 40º aniversário da independência nacional, num ambiente de paz, tolerância e de reconciliação, corolário da vontade dos angolanos em trabalharem juntos para alcançar níveis mais elevados de crescimento económico e de maior inclusão social, de progresso e bem-estar para todos, num país mais democrático, próspero e moderno."

O discurso de Angola foi marcado por um apelo aos políticos da Guiné-Bissau, na sequência da crise institucional que culminou com a demissão do governo em agosto. Aos políticos e atores sociais o pedido é que exerçam o "máximo sentido de responsabilidade".

Estabilidade

Angola lidera a Conferência Internacional sobre a região africana dos Grandes Lagos. O pronunciamento reafirma a determinação angolana para continuar a apoiar e a promover o diálogo, a paz, a segurança e a estabilidade, na África Central e no conjunto da Região dos Grandes Lagos.

O discurso destacou ainda a preocupação do país com a estabilidade na República Centro-Africana, no Sudão do Sul e na Região do Golfo da Guiné.

Luanda anunciou a organização em breve da Conferência Internacional sobre Segurança Marítima e Energética. O objetivo é contribuir para uma "resposta às ameaças do terrorismo e da pirataria no Golfo da Guiné".

Angola pediu a rápida resolução dos conflitos na Líbia, na Síria e no Iraque pelo impacto humanitário de "graves consequências".

Cimeira do Clima

Vicente disse que para a Cimeira Mundial do Clima a ser realizada em dezembro em Paris, o posicionamento angolano é que os limites máximos de emissão de gases de carbono sejam de 1,5º C até ao fim do século.

Para o novo acordo, a proposta é que inclua modelos de partilha das ferramentas que tornem possível a proteção do direito dos países menos desenvolvidos ao desenvolvimento e o fortalecimento da capacidade de resiliência.