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Ban pede “humanidade coletiva” para ajudar pessoas em situação de crise BR

Foto: ONU/ Mark Garten.

Ban pede “humanidade coletiva” para ajudar pessoas em situação de crise

Encontro na sede da ONU debateu a Cúpula Mundial Humanitária, que ocorre em maio do ano que vem em Istambul, na Turquia; mais de 60 milhões de pessoas em todo o mundo foram forçadas a abandonar suas casas por conta de violência e perseguição.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon pediu à comunidade internacional uma “ação com humanidade coletiva para tirar pessoas em crise do medo e do desamparo”.

A declaração foi feita esta quarta-feira em um encontro na sede das Nações Unidas, em Nova York, que debateu a Cúpula Mundial Humanitária, que ocorre em maio do ano que vem em Istambul, na Turquia.

Refugiados

Ban afirmou que, ao abrigar tantos refugiados da crise na Síria, mais de dois milhões, a Turquia demonstrou “compromisso admirável” com a ação humanitária.

Em referência à adoção da nova Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável, o chefe da ONU disse que na última sexta-feira, os líderes mundiais fizeram um compromisso histórico com “prosperidade compartilhada, paz e parceria em um planeta saudável”.

Ban declarou que eles também “prometeram não deixar ninguém para trás”. No entanto, ele disse que não é possível alcançar “um mundo de segurança e dignidade para todos” sem abordar a situação de milhões de mulheres, crianças e homens afetados por crises humanitárias.

Para o secretário-geral, a Cúpula no ano que vem é uma “oportunidade vital” para reforçar a busca comum de salvar vidas e evitar e aliviar sofrimento.

Segundo Guerra Mundial

O chefe da ONU afirmou que a escala e o custo para atender às necessidades humanitárias está cada vez mais sobrecarregando a capacidade de resposta. Ele disse que o futuro será ainda pior se uma ação decisiva e coletiva não for tomada agora.

Mais de 60 milhões de pessoas em todo o mundo foram forçadas a abandonar suas casas por conta de violência e perseguição, metade delas crianças. Este número é o maior desde a Segunda Guerra Mundial.

Segundo Ban, conflitos armados são, de longe, a maior causa de necessidade humanitária.

Mudança Climática

Ele também mencionou riscos naturais e a mudança climática. De acordo com o secretário-geral, o número absoluto de pessoas em risco continua crescendo e é preciso reverter essa tendência.

Ban disse que não se pode nunca esquecer que atrás de cada estatística está uma vida humana: uma mulher, um homem, uma criança “com aspirações e direitos humanos”.

O chefe da ONU declarou que “cada um deles merece proteção” e “tem o direito a uma vida de dignidade”.

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