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Cabo Verde quer tornar-se país desenvolvido até 2030

José Maria Neves discursou na Cimeira de Desenvolvimento Sustentável. Foto: ONU/Mark Garten

Cabo Verde quer tornar-se país desenvolvido até 2030

Revelação foi feita pelo primeiro-ministro nas Nações Unidas que pretende aumentar renda em mais de 2,3%; José Maria Neves disse que expansão será garantida com economias verde e azul.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Cabo Verde quer aumentar o nível do seu Produto Interno Bruto por pessoa dos atuais US$ 3,8 mil por ano para pelo menos US$ 12 mil até 2030. A medida colocaria o país no grupo das economias mais desenvolvidas.

A declaração foi feita pelo primeiro-ministro do país, José Maria Neves, na Cimeira de Desenvolvimento Sustentável que decorre na sede das Nações Unidas em Nova Iorque.

Crescimento

Falando à Rádio ONU, em Nova Iorque, o chefe do governo da Cidade da Praia, declarou que é possível impulsionar o crescimento do país em áreas como economias renováveis e criativas além dos agronegócios.

"Nós queremos, nos próximos anos, acelerar o ritmo de crescimento da nossa economia aproveitando as grandes potencialidades que Cabo Verde tem neste momento designadamente no domínio do mar. Temos 250 vezes mais mar do que terra. Temos aqui enormes potencialidades desde as pescas ao turismo, aos transportes marítimos, ao banking ao shipment à reparação naval e também às pescas da captura à transformação."

Compromisso

A aposta surgiu de uma avaliação de como foi executada a Agenda de Desenvolvimento do Milénio que levou a voltar a "definir formas e ritmos". José Maria Neves disse ter sido assumido um compromisso de "construir Cabo Verde desenvolvido."

As áreas básicas de investimentos para alcançar um alto índice de desenvolvimento humano serão educação, saúde, segurança social, habitação, planeamento e gestão territorial, infraestruturas e mobilização de água.

Impulso

Neves defende que além da aposta no impulso ao ritmo de crescimento económico deve haver mais dinâmica, sustentabilidade e inovação nas áreas como capital humano, chamada economia verde, e a que é baseada nos oceanos, denominada economia azul.

O resultado deve ser  a criação de empregos e do progresso e bem-estar social, além de uma "economia justa e inclusiva que podem erradicar a pobreza, combater as desigualdades e criar oportunidades para todos."

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