ONU, Colômbia e Venezuela discutem deportação de migrantes
Representante da agência para refugiados tem esperança em possível solução dos dois governos; desde agosto, quase 1,5 mil colombianos sem documentos foram deportados da Venezuela.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
O alto comissário assistente do Acnur para Operações se reuniu com a ministra das Relações Exteriores da Colômbia e com o ombudsman da Venezuela para discutir os casos de deportação.
Okoth-Obbo é funcionário da agência da ONU para Refugiados e teve uma primeira reunião com a ministra colombiana Maria Angela Holguín na segunda-feira.
Explicações
Na terça-feira, o representante do Acnur teve um encontro com o ombudsman venezuelano Tarek Saab. O alto comissário assistente para refugiados ouviu explicações dos governos sobre os desafios dos dois lados da fronteira e medidas que cada país está tomando para controlar a situação.
Okoth-Obbo também quis saber o que a Colômbia e a Venezuela estão fazendo para proteger as pessoas afetadas pela crise.
Segundo a agência da ONU, desde agosto, quase 1,5 mil colombianos sem documentos foram deportados da Venezuela e outros 18 mil migrantes resolveram retornar por conta própria.
Emergência
No dia 19 de agosto, as autoridades da Venezuela declararam estado de emergência em municípios do noroeste do país. A maioria dos colombianos que retornaram ao país de origem seguiu para Norte de Santander, área próxima à fronteira.
O representante do Acnur, Okoth-Oboo, tem esperança de que os dois governos possam trabalhar juntos para resolver a situação. Ele reforçou que a agência está trabalhando com Colômbia e Venezuela para garantir que os direitos dos refugiados e requerentes de asilo sejam respeitados.
O Acnur também aprecia as garantias dadas pelo governo da Venezuela, de que nenhum migrante será deportado e os que foram “acidentalmente pegos na deportação, terão o direito de retornar” ao país.
Com a Colômbia, a agência trabalha para registrar e prestar assistência aos que retornam da Venezuela e para identificar os civis que precisam de proteção internacional.
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